Vinícius
Vinícius

O goleiro Vinícius não é o jogador mais velho do elenco azulino, mas é de longe quem ostenta a maior condição para ser o líder. Condição que ele vem desempenhando há tempos no Baenão.

Segundo ele, durante o isolamento a que todos foram submetidos por causa da pandemia do novo coronavírus, uma das formas de quebrar a ansiedade pelo retorno aos treinos e aos jogos foi a comunicação constante entre os atletas e, inclusive, com as cobranças da comissão técnica através de aplicativos de conversa.

“Tivemos bastante contato em nosso grupo de trabalho. O professor Mazola também procurou nos passar muita força, nos aconselhou e cobrou profissionalismo, sempre com muito apoio e mensagens positivas. Isso nos ajudou a manter esse foco, conter a ansiedade”, lembrou o goleiro azulino, salientando as dificuldades dessa distância do trabalho.

“Não é fácil para a gente. Aliás, não é fácil para ninguém não poder sair de casa. Essa interação foi muito boa, com muita cobrança e apoio entre todos nós. Todos se mantiveram com um pensamento só, que é de se manter na disputa de nossos objetivos”, completou.

A contrapartida, disse Vinícius, foi a volta da convivência dos treinos presenciais. O goleiro observou que, como estava, havia gente que vinha com prejuízo no sono, com o emocional mexido.

“Você passa a dormir mais tarde, acordar mais tarde, e isso mexe com uma rotina que sempre existiu”, contou.

“O retorno aos treinos traz motivação e alegria por rever os companheiros. É algo normal dentro do futebol”, apontou Vinícius.

A volta aos treinos visando o restante da temporada, Parazão e Série C do Campeonato Brasileiro, traz alguns desafios imediatos e o primeiro deles é a retomada da melhor condição física. Vinícius lembrou que durante a pandemia a parada foi até pior que nas férias, por causa da impossibilidade em sair de casa.

“Se relaxasse, iria acabar ganhando peso e perder massa muscular”, reconheceu o camisa 1 azulino.

Por esse motivo, os trabalhos feitos online foram tão valorizados pelos jogadores, ainda mais com o tipo de preparação que havia sido feita até então.

“O problema não foi a parada, mas sim o começo da temporada, quando fizemos poucos treinos e não criamos um lastro físico. Acredito que esse primeiro jogo será um pouco mais complicado, mas aos poucos a gente chega ao nível esperado”, concluiu Vinícius.

Diário do Pará, 06/07/2020