Rony Silva
Rony Silva

O preparador físico azulino Rony Silva falou sobre os desafios das atividades online, o novo cronograma de treinamentos e a preparação do elenco, que já trabalha com a possibilidade da retomada dos treinos presenciais.

“Depois que parou o campeonato, no dia 19/03, tivemos alguns dias de incertezas, não sabíamos o que ia acontecer. A gente não esperava que (a paralisação) fosse demorar tanto tempo. Até que a comissão técnica se reuniu e tomamos a decisão de antecipar alguns trabalhos, para que a gente não perdesse ainda mais condição (física)”, disse.

O Leão fechou um mês de trabalho online e, segundo Rony, vários testes foram realizados.

“A primeira semana foi adaptativa, para ver até que ponto o clube poderia confiar nos treinos à distância. Depois, o departamento intensificou as atividades e hoje realiza o acompanhamento dos atletas”, comentou.

Ainda assim, Rony disse que é possível uma disparidade quando o clube voltar aos treinos presenciais.

“É claro que há atleta que tem condições de treinar melhor, por ter espaço e equipamentos melhores. A gente montou esse trabalho para que pudéssemos atender a todos, tanto aos que têm espaço maior ou aqueles que estão presos no apartamento, mas a gente vai ter atletas em níveis diferentes e vamos ter que ajustar isso”, apontou.

Rony falou sobre a retomada dos treinamentos em campo. Apesar da ansiedade dos jogadores em poder voltar logo a treinar nos gramados, o profissional disse que esse retorno precisa ser bem pensado, além de respeitar as necessidades do corpo do atleta, que enfrenta uma longa paralisação, bem maior que um período de férias normal.

“É quase unanimidade dos que trabalham na preparação física: precisamos de 30 dias de trabalho. É um tempo mínimo para avaliar os atletas, sentir quem não está apto e planejar de forma mais concreta. Temos os ‘esqueletos’ (do planejamento), mas não podemos bater o martelo e dizer que faremos isso ou aquilo. A nossa preocupação é que o atleta possa perder questões físicas, ele vai voltar com a musculatura mais fragilizada (com risco de lesões)”, finalizou.

O Liberal.com, 17/06/2020