Mazola Júnior
Mazola Júnior

Falta pouco para o Remo voltar a campo. Após 4 semanas de preparação, o Leão encara o Águia de Marabá neste domingo (02/08), a partir das 15h30, no Baenão.

O técnico Mazola Júnior voltou a conversar com a imprensa na manhã desta quinta-feira (30/08) e fez projeções do que espera de seus jogadores nos primeiros jogos, salientando que, apesar do bom retorno nos treinamentos, sabe que o time ainda apresentará deficiências em razão do tempo parado e da falta de ritmo de jogo.

“Assim como todas as equipes do mundo tiveram dificuldade nos primeiros jogos depois do retorno, a gente está ciente de que isso pode acontecer, de não se apresentar ainda na sua total forma, total qualidade. Tem ainda muitas situações que aconteceram no mundo, na retomada, em relação a lesões, então estamos preparando a equipe para que o Remo consiga, neste calendário, todos os seus objetivos, que não são fáceis, mas temos certeza que o Remo vem muito melhor depois dessa parada”, salientou.

Mazola Júnior preferiu não dar pistas sobre a provável escalação titular. Ele afirmou que já tem um time base projetado para encarar o time marabaense, mas só terá certeza mais próximo do confronto.

“A gente não tem frescura nem nada disso de esconder nada, mas existem algumas situações pendentes. Não vamos esquecer que estamos ainda a 3 dias do jogo, teremos mais 3 treinamentos antes. Então, para depois não falarem que usei alguma artimanha, que dei um time hoje e domingo entrou outro, gostaria de pedir para não dar o time hoje porque pode acontecer alguma mudança até domingo”, explicou.

O técnico, porém, adiantou que prioriza o uso de atletas que se apresentaram logo na primeira semana da retomada, já que seu principal critério, por enquanto, será físico.

“A gente está trabalhando um time desde a primeira semana em que foram liberados os trabalhos com bola. Estamos trabalhando em uma estrutura e plataforma, estamos priorizando a parte física e principalmente o pessoal que está conosco desde o dia 01/08”, argumentou.

“Devemos manter a plataforma com quatro médios, dois atacantes, uma linha de quatro defensiva. A prioridade será, nestes primeiros jogos, muito mais pela parte física do que pelas partes técnica e tática”, disse.

Confira outros trechos da coletiva:

Adaptação ao “novo normal”

Sabemos da importância e, principalmente, da influência que a torcida tem na parte emocional dos jogadores e minha também, mas a gente tem trabalhado uma equipe, um modelo de jogo, que estendemos que será o ideal, com as variações que devemos ter também. Temos, à princípio, uma equipe definida para esse primeiro encontro. É a equipe que está a mais tempo a trabalhar, que se apresentou no dia 01/08. A base deve ser por aí. Continuar o trabalho com aqueles que chegaram um pouco mais tarde, aqueles que tiveram algum problema físico, para que, na estreia da Série C, aí sim, o grupo esteja todo preparado.

Suposto excesso de volantes e zagueiros no elenco

Escutei muito essa situação com relação a quantidade de volantes que a gente tinha, quantidade de zagueiros que a gente contratou, enfim, posso afirmar que hoje temos 20 jogadores de linha. Outra coisa que é bom também a gente partir para um lado de evolução, é que pós “7 a 1”, bateu-se muito na tecla que os treinadores brasileiros estavam ultrapassados e precisavam se reciclar. Na minha humildade, voltei à sala de aula, fiz 4 módulos na CBF. Sinceramente, de tudo que vi, a única novidade foi exclusivamente a nomenclatura. Então os volantes passaram a ser os médios. (…) Garanto para a torcida que não fugimos em momento algum do planejamento que foi feito. O orçamento está sendo cumprido rigorosamente e essa história de 9 volantes, não sei quantos zagueiros, faz parte do “métier” da mídia, mas nós, aqui dentro, não pensamos assim.

Aperfeiçoamento do plantel

No papel, aquilo que queríamos com relação ao grupo de trabalho foi alcançado, que é um time mais experiente, um time que vai sentir menos a pressão e a cobrança da torcida, um time que tem mais lastro com relação a acessos, de jogar em time grande e a toda pressão que envolve você trabalhar no Remo nesse momento de reestruturação, e da necessidade vital, para o clube, do acesso à Série B. Nessa situação, acredito que o grupo do Remo vem muito mais forte. Vamos trabalhar para confirmar essa melhora, esse “upgrade” do grupo, dentro do campo.

Implantação do seu trabalho antes e após a paralisação

Muda muita coisa. Mudou nossa metodologia de trabalho, que é totalmente diferente. Estamos passando por uma situação totalmente atípica de um tempo tão grande de paralisação. Estamos passando por uma reforma acentuada do plantel e, principalmente, uma reforma de mentalidade.

Mudança de mentalidade do clube

A principal situação que encontrei aqui no Remo, além do problema da imaturidade do grupo naqueles quesitos (experiência, lastro de acesso, enfim) foi o ambiente aqui dentro do clube e as situações que vinham, diariamente, de fora para cá. Isso a gente conseguiu mudar. O ambiente dentro do clube, hoje, está de vencedor, de time grande. Respira-se muito otimismo aqui, muita vibração positiva e um espírito de vencedor muito grande, de todos! Do homem que trata a grama, da secretaria, estafe, suporte, cozinheiro, comissão técnica, jogadores, diretoria e até o presidente. Por isso que em nenhum momento me deu temor de nada nesse “novo normal”.

Globo Esporte.com, 30/07/2020

3 COMENTÁRIOS

  1. É isso comandante, o que precisar da galera azulina vcs vão ter para alcançarmos nossos objetivos:tricampeão paraense e o acesso para série B.

  2. É isso aí Mazola Jr. mentalidade de vencedor e atitutes positivas. Ninguém diz que será fácil, mas também que é impossível. Vamos vencer e conseguir o acesso.

  3. ALÔ ALÔ FENÔMENO AZUL, E SÓCIO TORCEDOR DO CLUBE DO REMO, VAMOS FAZER UMA MANIFESTAÇÃO NAS REDES SOCIAIS PELA PERMANÊNCIA DO PRESIDENTE POR MAIS UM MANDATO. FORA MAGNATA, FICA FÁBIO BENTES. # FÁBIO BENTES.

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