Fábio Bentes e Ricardo Gluck Paul
Fábio Bentes e Ricardo Gluck Paul

O Conselho Técnico da Série C do Brasileirão se reúne a partir das 14h30 desta segunda-feira (02/03), na sede da CBF, no Rio de Janeiro. O Paysandu, representado pelo presidente Ricardo Gluck Paul, promete levantar vários questionamentos, entre eles, segundo contou o mandatário máximo bicolor, seria a mudança no formato de disputa da competição nacional.

Atualmente, a Série C é formada por 2 grupos de 10 clubes. Na fase de classificação, as equipes se enfrentam em jogos de ida e volta dentro da mesma chave. Os 4 melhores de cada grupo medem forças em 2 partidas, definindo os classificados à Série B.

A ideia defendida pelo Paysandu é o fim do mata-mata por um quadrangular, com o enfrentamento entre os 4 melhores participantes da mesma chave e com o acesso ficando com os times que conseguirem a melhor pontuação.

“Estou levando um estudo pronto para isso, onde o campeonato teria o acréscimo de apenas 12 jogos, quase nada. Isso traria mais renda, mais direitos de transmissão, menos chance de erro capital de arbitragem, como perder o ano inteiro por apenas um jogo. Um melhor conceito de meritocracia, premiando o time com melhor regularidade”, disse.

“Essa pauta é dura, pois provoca uma mudança bem grande, mas vamos à luta”, enfatizou Ricardo Gluck Paul, acrescentando que a proposta conta com o apoio do presidente do Clube do Remo, Fábio Bentes.

Ricardo também pontuou outras pautas que o clube colocará em discussão na reunião do Conselho Técnico: como direitos de transmissão, presença do VAR nas partidas decisivas, logística, prazo de inscrição de atletas e que os times da mesma Federação não se enfrentem nas últimas rodadas da fase de classificação, como aconteceu na temporada passada, com a disputa do Re-Pa.

Globo Esporte.com, 02/03/2020

2 COMENTÁRIOS

  1. Proposta mais do mesmo, portanto, sem abordar e questionar o quanto os clubes da série C estão sofrendo com a imposição da CBF, cujo retorno financeiro é quase nulo. A viabilidade da série C passa obrigatoriamente pela mudança da fórmula de competição que aí está e passando ,para os pontos corridos, como ocorre na A e .Além, obvio, dos direitos econômicos que a dona CBF tem a obrigação de pagar ao clubes da C.

  2. Eu fico abismado como pessoas com boa formação superior e grande sucesso em suas respectivas áreas profissionais conseguem ser tão idiotas em matéria de gestão no futebol. E esse não é um problema exclusivo dos dirigentes paraenses, mas de toda a cartolagem sulamericana.
    Eu penso que o mais importante não é o acesso em si, mas a competição como um todo. Por exemplo, a Série C poderia ter 28 rodadas. Os times de grupos diferentes poderiam se enfrentar em um turno de dez rodadas e depois fariam os dois turnos, ou seja, mais dezoito partidas dentro do próprio grupo, totalizando vinte e oito jogos para cada time na fase classificatória. Desta forma, o prejuízo para quem não alcançasse o mata-mata seria menor pois não entraria de férias tão cedo.
    E esse nem é o meu formato ideal para as Séries B e C, mas apenas uma solução paliativa para o caos que é a terceira divisão. Ao meu ver, ambas facariam melhores com 32 times divididos em dois grupos de 16, mas aí já é querer demais.

Comments are closed.