Eduardo Ramos e Lailson
Eduardo Ramos e Lailson

Com a classificação engatilhada, embora nervosamente adiada pelo tropeço frente ao Santa Cruz (PE), o Remo se prepara para um compromisso que tem todos os ingredientes de uma decisão. Na segunda-feira (23/11), em João Pessoa (PB), enfrentará um Botafogo (PB) reanimado pela vitória sobre o Vila Nova (GO), em Goiânia (GO).

De forte candidato ao rebaixamento, o time paraibano passa a acreditar na classificação, embora não dependa exclusivamente de suas próprias forças para chegar ao G4.

Diante do previsível entusiasmo do Botafogo (PB), o Remo terá que realizar a melhor atuação fora de casa neste campeonato. Dependendo de 2 pontos para se garantir na próxima fase, o Leão vai lutar por uma vitória. Seria a 3ª como visitante – as primeiras foram contra o Jacuipense (BA), na já distante 1ª rodada, ainda sob o comando de Mazola Júnior; depois venceu também o Re-Pa, que tinha mando bicolor.

O Remo pode se classificar sem vencer lá fora. Basta empatar com Botafogo (PB) e Manaus (AM), ambos longe de Belém. A questão é que uma vitória devolve o nível de confiança para encarar a decisiva segunda fase em alta.

Os 3 pontos também asseguram a permanência no 2º lugar do grupo, pois o Vila Nova (GO) está 2 pontos atrás do Leão, mas terá o Imperatriz (MA) como adversário e certamente vai vencer.

Além disso, há o aspecto psicológico de se fazer respeitar dentro da competição não apenas como um time doméstico, que cumpre bem o dever de casa e se atrapalha quando se aventura fora.

Essa condição é incômoda, principalmente para o técnico Paulo Bonamigo, que não conseguiu nenhum triunfo como visitante. Pelo contrário, o Remo atuou mal na derrota frente ao Ferroviário (CE) e no empate com o Vila Nova (GO). A partida contra o Botafogo (PB) oferece nova chance de provar que o time sabe se portar bem longe de Belém.

A maior dificuldade encontrada é no aspecto ofensivo. O Remo não consegue estabelecer pressão e cria poucas oportunidades. Parece sempre acuado e hesitante. Não chega a ficar recuado, espanando bolas, como nos tempos de Mazola, mas não tem intensidade e nem empreende jogadas capazes de envolver a marcação adversária.

Com Hélio Borges, Eduardo Ramos (Tcharlles) e Wallace, o Remo não conseguiu fazer gols fora de casa na era Bonamigo. A escalação de Salatiel, atacante de referência na área, pode mudar a estratégia ofensiva, passando a apostar nos cruzamentos e jogadas mais centralizadas.

Apesar da fartura de nomes (Eron, Salatiel, Tcharlles, João Diogo, Wallace, Hélio Borges, Ronald e Gustavo Ermel), a instabilidade do ataque segue como motivo de grade preocupação no Baenão. Tanto que um novo reforço já está em perspectiva: Augusto, atacante que defendeu o América (RN) na Série D e tem mais de 30 gols nas últimas 5 temporadas.

O Leão volta a campo nesta segunda-feira (23/11), às 20h, para enfrentar o Botafogo (PB), no estádio Almeidão, em João Pessoa (PB). O jogo é válido pela 16ª rodada da Série C e terá transmissão ao vivo e exclusiva pela DAZN. Clique aqui para fazer sua assinatura agora e ganhe 30 dias grátis.

Blog do Gerson Nogueira, 19/11/2020

9 COMENTÁRIOS

  1. Engraçado… Eu gosto do Tcharles. Ele é muito bom. Sabe tocar na bola, tem bom posicionamento e é um atacante técnico. É um pouco mais lento do que os garotos Wallace e Hélio (e eu acho que a torcida pega no pé dele por isso) e prende a bola um pouco além do que devia, mas possui bons recursos técnicos.

    • Eu reclamo dele há meses, justamente porque parece que joga, mas é tipo jogador que engana, parece que é bom, mas efetivamente não faz nada, passou 13 jogos sem fazer gol e sem dar passe, sendo titular. Se o Messi e CR7 passarem 5 jogos sem fazer ou dar assistência, são questionados, mesmo depois de tudo que já fizeram pelo futebol. O que Tchalles faz de bom e prender a bola e cavar falta, ele passa de um ou dois, mais no tranco, no terceiro ele esbarra. Melhorou no aspecto fominha, mas pelas oportunidades que ele já teve (oportunidades de ser titular), era pra ser mais efetivo. Ah, mas ela não perder gol como o Ermel, debaixo da trave: é verdade, o Ermel jogando menos perde mais gols que ele, mas porque ele entra um pouco mais na área e se apresenta pra finalizar, mesmo errando, já o outro quer resolver muitas vezes sozinho e ainda de fora da área. E se ele não está na área pra marcar e nem na ponta ou meio pra passar, o que ele como atacante faz em campo?

  2. Eu também gosto do futebol do Tcharles. Já fez ótimas partidas pelo REMO! Diferente do Ermel, que desde de o início do ano no REMO, NUNCA conseguiu mostrar um futebol, pelo menos, convincente.

    Quanto ao jogo contra o Botafogo, remo deveria entrar com 4 – 2 – 3 – 1:

    Vinícius; R. Luz, Mimica, Alemão e Marlon; L. Siqueira e Charles (ou um dos garotos da base); Carlos Alberto, Hélio e Wallace; Salatiel.

  3. Tcharles é um jogador dispersivo , se esforça muito , mas não produz nada de objetivo para o ataque, além do que é excessivamente individualista e não faz gol, e pega cartão amarelo de graça, já o Ermel como jogador é a derivada de uma constante( zero). Será que não tem melhores opções que essas duas perebas?

  4. Sinceramente, não me preocupado tanto com o ataque, ainda vejo na falta de recuperação de bolas no meio campo como uma deficiência mais grave no Remo. Frequentemente verifico isso nos jogos, fora de casa é mais nítido ainda! Neste jogo não teremos o Hélio, vai ficar pior ainda, sinceramente substituiria o Charles por um volante mais rápido (Warley ou Djalma) ou por um zagueiro de líbero (Keven). Só sei que a zaga e volantes azulinos são lentos, então prejudica tanto na defesa, quanto em pegar a defesa adversária desarrumada!
    Meu time: Vinicius, Luz, Fredson, Jansen, Marlon, Keven, Lucas, CA e Gedoz, ER e Wallace.

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