Sobradinho-DF 1x0 Remo (Mimica e Thiago)
Sobradinho-DF 1x0 Remo (Mimica e Thiago)

Há duas semanas, o mundo acompanhou o retorno de uma das principais ligas de futebol da Europa, que foi o Campeonato Alemão. Apresentando uma “nova realidade”, a competição se reinventou com uma série de restrições em virtude da pandemia de Covid-19, sendo a mais notória a ausência das torcidas em dias de jogos, até então um dos carros-chefes da Bundesliga, em termos de atração.

Com a ausência dos torcedores, alguns fatores entraram em evidência nas quatro linhas, como a queda de vitórias das equipes como mandantes, situação atrelada à falta de apoio das suas respectivas torcidas, já que os clubes estão niveladas no quesito físico por causa aos mais de 2 meses sem atividades oficiais.

Para se ter uma ideia, na primeira rodada pós-liberação da competição alemã, entre os dias 16/05 e 18/05, somente um mandante venceu em casa, com 5 visitantes desbancando os rivais, além de outros 3 empates.

Na rodada seguinte, novamente 5 visitantes somaram 3 pontos, com apenas 2 mandantes na “contramão”, vencendo, e com 2 empates. Na rodada mais recente, disputada entre os dias 26/05 e 27/05, a situação deu uma equilibrada, com 5 empates, 2 vitórias para mandantes e outras 2 para visitantes.

Para os atletas do futebol paraense, acostumados a jogar com estádios abarrotados, a arquibancada vazia influencia no desenvolvimento da partida.

“Isso afeta um pouco, sim. Estamos acostumados a jogar sempre com o estádio lotado, com o torcedor ao nosso lado. No Clube do Remo, a média de público é sempre muito alta, casa cheia até fora de casa, mas é assim mesmo e precisamos ter consciência que vamos passar por cima disso e focar nos objetivos”, disse o zagueiro Mimica.

Titular no último jogo do Leão de portões fechados, na partida de ida pelas oitavas de final da Copa Verde do ano passado, o defensor relatou como é atuar sem público.

“Joguei aquele jogo contra o Sobradinho (DF) e posso dizer que não é fácil, fica um clima chato, mas temos que olhar pelo lado positivo, porque é melhor voltar assim do que não voltar. A gente sabe que desestimula, mas temos que aproveitar o momento”, avaliou o azulino.

Diário do Pará, 31/05/2020