Ronald
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Igor Gabriel, 16 anos, de Belém, atacante do Tapajós, foi o caçulinha deste Parazão, enquanto o azulino Zé Carlos, 37 anos, é o “tiozão”. Outro menino de 16 anos é Júlio César, meia do Paysandu, natural de Igarapé-Açu, que tem composto o banco do time profissional.

Ceará (CE) e Atlético (GO), ambos da Série A, manifestaram interesse em Igor Gabriel, que surgiu no futsal do Paysandu e já rodou pelas bases de Palmeiras (SP) e Corinthians (SP).

O futebol cada dia mais intenso e as funções táticas mais complexas, totalmente diferentes das trabalhadas na base, aumentam as dificuldades para a garotada emplacar nos times principais.

Remo e Paysandu começaram a temporada com 7 frutos da base em cada elenco, mas nenhum emplacou até agora. A falta de lastro físico, tático, técnico e emocional exige dos garotos um longo período de adaptação.

No Remo, o técnico Mazola Júnior disse que os “meninos” só estarão prontos para 2021. Até lá, eles cumprem trabalho de “aproveitamento”. No time bicolor não é diferente.

A necessidade do estágio de 1 ou 2 anos no time profissional é um atraso na revelação dos atletas. Reflexo do “faz-de-conta” que impera na base dos maiores clubes paraenses, inclusive pela insuficiência de competições, de intercâmbio, e, sobretudo, de investimentos.

Um atenuante seria a participação de Remo e Paysandu com aspirantes (times Sub-23) na Segundinha do Parazão, sem disputar acesso, como fazem Palmeiras (SP) e Corinthians (SP), com seus times “B”, no Campeonato Paulista. Seria uma oportunidade para dar rodagem e ter uma avaliação de atletas nessa fase de transição.

Os presidentes Fábio Bentes e Ricardo Gluck Paul concordam com a ideia, mas ainda não moveram uma palha por isso.

Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 23/08/2020

4 COMENTÁRIOS

  1. Na verdade tanto o Clube do Remo quanto o Paissandu, nenhum tem rastro de formador de jogador na suas próprias bases, todos dois clubes preferem investir em bondes indicados por treinadores ou mesmo o tal do Diretor Técnico, o dia que esses clubes investirem realmente em Centro de Treinamento terão resposta a altura, pois surgirão grandes jogadores em suas bases….

  2. Muito bom menino Igor Gabriel (16 anos) do Tapajós, é um atacante. A diretoria do Remo bem que poderia tentar o contratar para daqui a uns anos colher frutos, mas certamente os moleques da base do Remo merecem maiores oportunidades, pois lá tem moleques bom de bola também que tem condições de jogar no profissional, pelo menos como banco.

  3. O que realmente acontece com os treinadores dos dois grandes de Belém é falta de coragem para lançar jovens jogadores oriundos das bases.
    Como sempre trazem os seus “jogadores de confiança”, ficam atrelados com o compromisso de os manterem no time. Dando sempre a mesma velha desculpa, da falta de experiência dos garotos.
    Como as Diretorias não cobram o compromisso, de lançar os jovens, de seus treinadores, eles se mantêm confortáveis com “suas panelhinhas”.
    E os clubes, continuam perdendo suas jovens promessas para outras praças no Brasil e até no exterior.

  4. Sabe a história está aí pra confirmar oque vou dizer O NOSSO REI PELÉ TINHA 17 ANOS E DISPUTOU UMA COPA E VENCEU. E AGORA ?

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