Rony
Rony

Mais uma promessa das categorias de base pode deixar o Remo sem render nada ou muito pouco aos cofres do clube. O nome da vez é Rony, lateral-direito de 19 anos que vinha ganhando destaque ao ser lançado pelo técnico Eudes Pedro em jogos da Copa Verde.

O jogador alega ter 14 meses de salários atrasados, acumulados entre os anos de 2017 e 2018, na gestão do presidente Manoel Ribeiro.

A empresa que gere a carreira do lateral, a H2R Manager, encaminhou a versão do jogador sobre o caso. O advogado que representa o atleta ajuizou uma ação solicitando a rescisão unilateral do contrato e a Justiça deu ao Remo o prazo de 5 dias para apresentar documentos que comprovem o pagamento dos salários atrasados, uma dívida que estaria entre R$ 15 mil e R$ 20 mil.

Apesar de ter feitos jogos pelo time profissional da Copa Verde, Rony ainda pertence ao elenco do time Sub-20 do Leão, que está disputando o Parazão da categoria.

Por conta do litígio, o lateral não se reapresentou ao clube e viajou para Barcarena, onde a família reside. Ele irá aguardar lá a decisão da Justiça para saber se volta ao Remo ou se ficará livre no mercado.

A H2R Manager gere a carreira de Rony desde agosto e o posicionamento do atleta foi feito via assessoria de comunicação da empresa. A empresa relatou que, ao fechar contrato com o jogador, ele e mãe relataram que não haviam sido pagos 4 meses de salário de 2017 e outros 10 de 2018, totalizando 14 atrasados.

A mãe, Rosa Maria Ferreira, teria tentado contato com membros da diretoria para cobrar os débitos, mas teria ouvido do diretor da base (Marcelo Bentes) e do diretor jurídico (Pietro Pimenta) que o clube não tinha dinheiro para quitar a dívida naquele momento e que era uma pendência da gestão anterior, o que fugiria da responsabilidade do atual comando do Remo.

Rosa Maria ainda alegou ter buscado por 6 vezes contato com o presidente Fábio Bentes, sem sucesso. Isso fez com que a família procurasse alguém para defender os direitos do atleta.

Rony aguarda a decisão da Justiça. Caso sejam comprovados os pagamentos, a H2R afirma que Rony cumprirá o restante de seu contrato com o Remo normalmente, mas caso contrário, a empresa irá procurar outro clube para o lateral-direito.

Pietro Pimenta, diretor jurídico do Leão, explicou que mantém conversas frequentes com Rosa Maria e Rony, mas em todos os contatos nunca foi tratada a questão de salários atrasados. O advogado azulino desmentiu que teria dito que o clube não iria pagar tal dívida.

“Não procede e, inclusive, fui pego de surpresa com essa notícia. As conversas que tive com a mãe do Rony foram todas no sentido de ele retomar a carreira. Ele estava afastado, pelo que me falou na época, estava até pensando em parar de jogar futebol por todas as dificuldades, parece que teve uma lesão grave antes. As conversas foram nesse sentido”, explicou.

Segundo Pimenta, a relação que mantém com Rony e a mãe começou com um trabalho de recuperação da carreira do lateral-direito, que chegou a cogitar abandonar os gramados no início de 2019. O Remo teria então arcado com moradia, alimentação e os treinamentos do jogador, que teria abandonado o clube no começo do ano.

“Até em função desse afastamento dele, era muito difícil precisar sobre atraso salarial, então naquele momento a gente se reuniu e começou a ver formas de viabilizar que ele pudesse voltar a jogar bola, a render, a se preparar. Nesse sentido, a gente trouxe ele para morar no Baenão, responsabilizou-se pela moradia, alimentação, suplementação, treino técnico, tático físico e psicológico também, com acompanhamento de ‘coaching'”, enumerou.

“Foi nesse sentido que a gente se esforçou. Era o grande objetivo naquela época e acho que foi alcançado com sucesso, até porque ele conseguiu ter um bom desempenho, o técnico deu oportunidade, ele foi bem e acabou gerando interesse desse empresário, que agora está querendo se valer de algumas situações para tirá-lo do clube”, apontou Pietro Pimenta.

O diretor jurídico do Leão ainda afirma que o clube não foi intimado pela Justiça e por isso sequer sabe detalhes da ação ajuizada pela H2R. Ele lamentou o litígio na esfera jurídica e ressaltou que um acordo poderia ter sido feito de maneira amigável, citando como exemplo o zagueiro Kevem e o volante Pingo, que também tiveram salários atrasados em gestão anteriores.

“Com relação aos atrasos, estou praticamente diariamente no Baenão e o Rony nunca procurou o Fábio (Bentes, presidente) ou me procurou para reclamar ou pedir qualquer ajuda, pelo contrário, sempre demonstraram muita gratidão. A mãe, inclusive nas nossas conversas, muitas delas pelo celular, sempre mostrou bastante gratidão no nosso trato com ele e pelo que tínhamos feito com o filho”, disse.

“Outros casos de garotos que tiveram atrasos no passado, eles chegavam, conversavam e a gente ia regularizando, como foi feito com o Kevem, por exemplo. Antes dele ser vendido, quitamos todo o saldo de atrasados que tínhamos. Pagávamos mês a mês um salário atrasado e o do mês vigente, como acontece hoje com o Pingo, que ainda está com a gente. Rony nunca nos procurou para tratar sobre isso, então toda essa situação foi uma grande surpresa pela forma como se deu”, lamentou.

“Tenho falado com o Rony, com a mãe dele, eles são pessoas corretas, de boa índole. Convivi com o Rony, tive bastante contato com a mãe e tenho certeza que eles também não querem que o Rony saia do clube dessa forma, que é muito negativa”, afirmou o dirigente.

O contrato de Rony com o Remo é válido até janeiro de 2021. Pietro Pimenta afirmou que o clube não forçará a permanência do lateral-direito, mas espera encontrar uma maneira de fazer um acordo com o jogador ou mesmo participar de uma negociação de transferência.

“Tenho conversado com ele e a mãe, que o nosso interesse é resolver isso da melhor forma possível, até porque ele é um ativo do clube, é um patrimônio do clube, tem contrato com o clube e toda essa ‘novela’ que está acontecendo não é favorável a ninguém, nem a ele e nem ao clube”, apontou.

“Se tiver um negócio, uma proposta ou algo nesse sentido, que seja interessante para ele, que passe pelo clube e que o clube faça o negócio com ele. Ninguém está querendo prendê-lo aqui ou coisa do tipo, mas que o clube seja valorizado e remunerado pela parcela que tem tanto na formação quanto no contrato atual, na recuperação dele”, concluiu o diretor azulino.

Globo Esporte.com, 14/10/2019

15 COMENTÁRIOS

  1. Uma pena ver jogador começando sua carreira e logo dessa forma, infantilidade ou mau caráter, enfim.. Espero que ele não seja mais um jogador rodar nosso interior como estamos cansado de ver sendo iludido pelo seu empresário.

    • Certamente, vai ser mais um. Que clube vai dar credibilidade a um atleta desse. Quem me diz que um sujeito desse, de mau caráter, em uma decisão, recebendo uma proposta do adversário vai jogar desmotivado, fugir da concentração, simular contusão, ou forçar cartão em jogo antecedente para não jogar a final. Sabe lá! Perdeu a credibilidade. Essa é a verdade. Eu, como torcedor, não gostaria de ver esse moleque vestir a camisa do Remo. Daí se fala logo que o erro é da diretoria. Coisa nenhuma. O cara está com empresário sem escrúpulos, que ia inventar qualquer coisa. pior é que vai sugar o burro até. Mas é isso. Infelizmente! Verei esse bestalhão jogando no paraense contra o Remo, talvez em times pequenos Perdendo, claro. Vai moleque! Não mereces o Remo.

  2. Incompetência de ambos os lados, foi com certeza vista grossa por parte da diretoria em não ver essa situação de salários atrasados e dizer que foi pego de surpresa. E esse moleque que de profissional não tem nada, está se aproveitando da oportunidade já que agora está reconhecido. Roni o seu futebol é valoroso porém o seu caráter não vale nada.
    Vai embora O MEU LEÃO NÃO PRECISA DE VOCÊ.

  3. Enquanto não reformularem essa lei Pelé, que tira todos os direitos dos clubes, que tem gastos e dificuldades para formarem jogadores e entrega os direitos nas mãos de empresários inescrupulosos, que não gastam um tostão e acabam sendo os maiores beneficiados, vai continuar acontecendo isso. Não só aqui, mas em todo o Brasil.
    Quem tem que adiministrar a carreira do jogador é quem o forma, neste caso os clubes e não esses empresários sanguessugas (fdp) .

  4. Nação azulina não é só culpa da diretoria é culpa do jogador também é lançado em 2 ou 3 jogos e já procura escutar empresários porque não a atual diretoria é só olha contra em dia 2019.

  5. Deu dois passes e um cruzamento, se se acha um astro.Vai jogar no Barcelona seu fdpt.Foi so ter uma oportunidade para mostrar que nao tem carater,o mundo da muitas voltas.

  6. Não adianta reclamar do jogador, o remo que tem que ser profissional e parar de atrasar salário de jogador da base. Colocaram o moleque pra jogar, ele se valorizou, agora p clube não consegue segurar pq tem salário atrasado. O remo não aprende mesmo. Se tivesse pagando direitinho, o mal não poderia sair.

  7. O ex presidente do Rival Maia estava certo em acabar com as categorias de base uns mortos de fome e um vagabundos que se dizem empresarios uma sangues sungas do futebol com essa maldits LEI PELE QUE SO DA DINHEIROS PARA ESSE LADRAOES DO FUTEBOL EMPRESARIOS

  8. Será apenas mais um simples e bastante oportunista e
    acabará rodando pelos times de segunda do Pará!. para aprender a ser homem!

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