Fábio Bentes e Ricardo Gluck Paul
Fábio Bentes e Ricardo Gluck Paul

Em uma semana importante de Re-Pa, os presidentes Fábio Bentes (Remo) e Ricardo Gluck Paul (Paysandu) falaram sobre vários assuntos, mas o principal foi o Re-Pa. Os presidentes deixaram claro na entrevista que não há qualquer acordo para empate. O resultado seria muito favorável para as duas equipes e se chegou a especular que poderia ter uma união entre os maiores rivais do Pará.

“Não há nada combinado ou acertado para domingo (25/08), como já começou a se especular. Pelo contrário, os dois vão perseguir a vitória, que é o nosso objetivo”, afirmou Fábio Bentes.

Ricardo Gluck Paul foi além e disse que se ele pedisse para que os jogadores “tirassem o pé”, não poderia cobrar mais nada nos outros jogos da Série C e Copa Verde.

“Não tem como, na véspera de um mata-mata. Se entro ou se o Fábio entra (no vestiário) e combina o resultado com os atletas, como vou cobrar depois para ‘deixar a vida’ no mata-mata? Isso não existe. Estou em todo treino do Paysandu, vou e cobro a cada treino. Cobro rendimento e o Fábio deve fazer isso também. Como vou cobrar depois a ‘alma’ dele em campo, se na semana passada pedi para ele tirar o pé? Não dá”, afirmou o presidente bicolor.

Segundo os mandatários, o único acordo é o firmado entre os clubes é para garantir a segurança das delegações formadas por jogadores e comissões técnicas.

“Acertamos que quem perder o clássico vai sair primeiro, para evitar confusão. Nesse caso, se o jogo terminar empatado, o visitante sai primeiro, que neste domingo (25/08) é o Remo”, disse Ricardo Gluck Paul.

Os presidentes ainda falaram sobre as campanhas dos times na Série C e os cálculos feitos. Gluck Paul contou que o Paysandu tinha a meta de somar 30 pontos e jamais imaginou que fosse chegar no Re-Pa para decidir a vida na Série C.

“No início, estabelecemos a meta de chegar aos 30 pontos. Ninguém calculou chegar na última rodada dependendo de um clássico para definir a situação e classificação. É sofrido para todo mundo, diretoria e torcedor, mas chegamos. Estamos vivos e bem. Temos condições de nos classificar e precisamos focar nisso. Porque o Paysandu precisa com urgência voltar para a Série B e virar a página”, comentou.

Fábio Bentes lembrou que o Remo está hoje em condições de classificação porque fez um bom primeiro turno na Série C.

“A gente colocou como meta conseguir o acesso para a Série B. Agora estamos a um jogo de conseguir a vaga para a fase de mata-mata. Claro que é um jogo duro. É o maior clássico da Amazônia. As possibilidades são inúmeras. Tivemos altos e baixos. Acumulamos uma gordura boa no início do campeonato e ela ajudou. Hoje estamos com chances de classificar, mas tivemos uma queda de rendimento e isso não é segredo para ninguém. Reagimos agora, nas últimas rodadas. Tenho a certeza que vamos entrar para disputar o jogo”, disse.

Para o Re-Pa, o árbitro será Luiz Flavio de Oliveira, que é do quadro da Fifa e da Federação Paulista de Futebol. Ele é conhecido da torcida e também dos presidentes, que falaram com o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba, sobre o assunto.

“A CBF que sorteia e somos informados. Esse tipo de jogo, Re-Pa, valendo a vida, última rodada da Série C, todos sabem que vão ser bem observados. Estamos com todos os olhares”, disse Gluck Paul.

Fábio Bentes comentou a situação vivenciada no clube ao chegar após vitória nas eleições e fez um balanço das contratações azulinas no seu primeiro ano de mandato.

“Pegamos o time com 3 atletas: Vinícius, Mimica e Dedeco. Então, logo de cara, tínhamos que trazer jogadores em grande quantidade. Após a montagem do elenco, costumo dizer que contratamos 13 atletas durante e depois do Parazão. Para o (Campeonato) Brasileiro, em torno de 10 atletas, achamos um bom número. Algumas contratações vieram para o Brasileiro agora, mas conversávamos desde novembro, dezembro, só que eles preferem o Campeonato Paulista”, falou.

Atuantes nas redes sociais, os dois presidentes se afastaram do mundo virtual. Pelo lado do Remo, Bentes comentou que a chegada à presidência fez ele ser mudar alguns hábitos.

“Usava mais o Facebook. Antes de ser presidente, estava em 100 grupos do Remo. Hoje só estou nos internos da diretoria. A irracionalidade no Twitter, Whastsaap, sai para o âmbito pessoal. Algumas decisões são tomadas em relação aos torcedores, o que postam nas redes sociais”, disse.

O Liberal, 23/08/2019

1 COMENTÁRIO

  1. Um empate não garantiria a classificação do Remo para fase do mata mata, já para a mucura praticamente se garantiram na outra fase, então eu não vejo nenhum motivo de acordo por parte do Remo. Nós temos é que vencer mesmo a qualquer custo. Os jogos estão marcados para o mesmo horário, seria um suicídio para o Remo um acordo desse.

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