São José-RS 1x0 Remo (Djalma e Rafael Jensen)
São José-RS 1x0 Remo (Djalma e Rafael Jensen)

O Remo se viu do lado inverso ao que estava acostumado nesta quinta-feira (13/06). Os azulinos foram dominados pelo São José (RS) durante a maior parte da partida no estádio Passo D’Areia, em Porto Alegre (RS), e acabou deixando o campo com sua primeira derrota na Série C.

Depois de suportar a pressão ao longo de todo o primeiro tempo, o Leão acabou sofrendo o gol aos 26 minutos da etapa final, que decretou o revés por 1 a 0. O técnico Márcio Fernandes deu méritos ao adversário gaúcho pelo resultado, porém avaliou que o placar se deu por dois motivos principais.

O primeiro deles, na visão do treinador, foi a dificuldade de seus jogadores se adaptarem ao gramado sintético do local da partida, que deixa a bola com um comportamento diferente dos que nos campos de grama natural.

“Não nos adaptamos ao campo. Não jogamos nem metade do que o Remo está acostumado a jogar. Não conseguimos tocar a bola, que é o forte do time. A bola pula muito nesse gramado e proporciona um jogo mais de choque, que não é o futebol, que é o melhor do Remo. Isso dificultou bastante. Tivemos muitos jogadores muito abaixo do que podem render e amargamos a primeira derrota do campeonato, mas o São José (RS) está de parabéns. Conseguiu se adaptar melhor ao gramado e saiu com a vitória”, analisou Fernandes.

O outro argumento levantado pelo técnico do Remo foi o curto espaço de tempo para entre os últimos 3 jogos, fator ainda mais prejudicado pela difícil logística de viagens.

“Se você for ver bem, jogamos em Tombos (MG) na segunda-feira (03/06), voltamos na quarta-feira (05/06) de madrugada, pedimos a alteração do jogo de sábado (08/06) e não fomos atendidos. Esse jogo (contra o São José-RS), que seria sábado (15/06), foi adiantado para quinta-feira (13/06). Não tivemos um tempo maior de recuperação. Isso não tira o brilho da vitória do São José (RS), nada disso, mas acho que tem que ter um pouquinho mais de coerência. Não é simplesmente mudar os jogos assim e não olhar (para a logística)”, reclamou.

O técnico acabou soltando, com este argumento, uma indireta ao canal televisivo que detém os direitos de transmissão da Série C. Ele apelou para que a escolha dos horários dos jogos levem mais em consideração a dificuldade de deslocamento do time paraense, já naturalmente prejudicada por uma questão geográfica.

“A viagem para Tombos (MG) vocês vão ver como é desgastante. Pega 2 dias a menos de recuperação contra o Volta Redonda (RJ), sendo que eles tiveram 2 dias a mais. Naquele jogo, já sentimos muito o desgaste da viagem. Daí marcam esse jogo 2 dias antes, para quinta-feira, com uma viagem longa. É complicado. A gente tem que entender a televisão, mas a gente também tem que ver o nosso lado. Não é bem assim. Vai mudando horário e a gente perde em muitas coisas, principalmente a recuperação dos jogadores”, alfinetou Márcio Fernandes.

“A gente já tem o problema da logística que é complicada, tiram ainda mais 2 dias de recuperação? Não treinamos quase nada. Jogamos nos sábado, não dá para fazer nada no domingo com os jogadores e voltamos na segunda-feira. Treinamos uma coisinha e viajamos na terça-feira para jogar quinta-feira. Quer dizer, não tem treino e o desgaste é muito grande. O pessoal precisar rever um pouquinho mais isso aí”, completou.

Em compensação, o Remo terá agora 13 dias para descansar e se preparar para o clássico contra o Paysandu, pela 9ª rodada da competição. O técnico do Leão provavelmente já poderá contar com o retorno do meia Douglas Packer, em recuperação de uma lesão grau na coxa; e certamente terá Yuri, que cumpriu suspensão contra o São José (RS).

“É um clássico. Agora vamos ter tempo para recuperar esses jogadores, mas se você pensar no próximo jogo (depois do Re-Pa, contra o Boa Esporte-MG, fora de casa), a gente tem um pouco menos tempo. É complicado. Temos que fazer o melhor. É esperar que a gente possa fazer um grande jogo e conseguir o nosso objetivo, que é a vitória”, finalizou.

Globo Esporte.com, 13/06/2019

11 COMENTÁRIOS

  1. Tivemos irreconhecíveis ontem…concordo tanto com relação ao campo, como em relação ao curto tempo de recuperação , são maratonas desgastantes q estão impondo ao clube ! Mas acho q devemos focar nesses 13 dias, ganhar suspiro e seguir a diante, tentar ser mais esperto e deixar de perder pontos preciosos (Ypiranga e Tombense)….vimos ontem q esse time, mesmo sem torcida, é cascudo la dentro e nao perde ha tempos….assim q temos q ser aqui, a torcida vai ajudar e tá ajudando no que for preciso! #Forçaleao

    • Concordo plenamente! Em 11 dias 3 jogos com duas viagens longas. O gramado favoreceu muito os donos da casa, tanto que esse time tem um bom histórico de resultados dentro de casa. A bola correu demais, o jogador desafortunado perde o tempo de bola. O Remo não conseguiu colocar a bola no chão. O time do São José jogou com bolas cruzadas predominantemente. O meio do Remo com dois desfalques sentiu. O Zotti, muito lento. O Rafael foi bem na marcação até cansar. Não foi bem na saída de bola. Nossa sempre excelente, não resistiu. O nosso ataque como sempre, muito fraco. Emerson esforçado. Mas, sem qualidade técnica, principalmente nas finalizações. Quanto ao Gustavo Ramos, não era lua dele ontem. Mas, enfim, uma hora ia perder, acontece no futebol e perdeu quando podia. É cuidar daqui pra frente. Nada de deixar a imprensa desestabilizar o Remo e o torcedor se deixar influênciar. Também não será o jogo contra o payssandu o divisor de águas, como um reporter questionou o treinador do Remo ontem com a nítida intenção de joga a torcida contra o grupo para desestabilizar o Remo que está bem. O foco do Remo é o acesso e , portanto, o campeonato. Apesar da rivalidade, é mais um jogo qualquer resultado, muito tem percorrer ainda. Nao tem nada ganho. É continuar trabalhando e indo para vencer. Continuamos líder seco juventude empatar hoje. Do contrário, estaremos em segundo no G4.

  2. Engraçado,ontem falaram o gramado ia ajudar nas trocas de passe do remo,agora que perdeu a culpa é do gramado,ermesom carioca perdeu dois gols de cara chutou igual uma moça e agora a culpa é do gramado,o remo só jogava do meio pra trás E a culpa é do gramado,ninguém faz gol jogando atrás não mano,o problema que todo mundo já estudou como o remo joga ,e todos os times estão adiantando sua marcação em cima do remo e o remo não joga,porque o remo não adianta a marcação também,remo tem qualidade no meio campo,adianta poxa a marcação também espera tomar gol pra fazer isso!!!!

  3. O tiarinha quando vai ter uma chance no remo,ja que ele foi recuperado de lesão assinou contrato pra que?

  4. Realmente prejudicou muito o jogo do Remo aquele horrível gramado sintético, além do cansaço das últimas viagens.

    Mas o Remo perdeu a partida no meio de campo, deixou um vácuo entre o setor defensivo e o ataque, e nesse espaço o São José RS dominou o jogo, Diguinho deitou e rolou, foi o maestro da partida, marcando, distribuindo, lançando e chutando ao gol do Vinícius.

    O time do Remo sentiu muito a ausência do Yuri na saída de bola e na cobertura da zaga, certamente com Yuri não teria o espaço que teve da tabelinha no gol do time gaúcho, com o chute final de cara com o Vinícius. Também Packer fez muita falta, simplesmente ontem não existiu armação.

    Preocupação foi a incapacidade de reação do time do Remo no placar adverso, não vi aquela força de vontade para pelo menos empatar o jogo. O time pareceu cansado, desligado e entregue. Mas isso é um detalhe que acredito ser pontual.

    Se destacaram no Remo o Vançan e São Vinicius, o resto esteve abaixo do esperado.

    Torcer agora que, nos outros jogos, o placar acabe empatado.

  5. Concordo que devemos reconhecer o bom desempenho do São José. Que o São José aguarde que no Jogo de volta pela 17ª rodada em Belém o Leão vai dar uma peia dobrada neles será Leão 2×0 São José, aguardem pra ver.

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