Gian
Gian

O ano era 2004 e o Remo foi a equipe a ser batida no Parazão daquele ano, mas isso não ocorreu, pois o Leão conseguiu a façanha de conquistar o Campeonato Paraense de forma invicta e foi além, vencendo todos as partidas. Foram 14 jogos e 14 vitórias do time que tinha um “maestro-artilheiro” e campeão mundial pela Seleção Brasileira.

Há exatos 15 anos, o Remo levantava o troféu de campeão paraense com 100% de aproveitamento. No dia 04/04/2004, o Remo vencia o Paysandu por 2 a 0, com gols de Gian e Rodrigo, e conquistava o título da competição, um fato inédito para o clube e também para o ex-meia Gian, que foi o destaque da campanha azulina, com passes e também gols.

O ex-meia do Remo comentou sobre o elenco formado pelo Remo para a disputa do Parazão daquele ano. Para Gian, a base formada pelo clube foi fundamental para a conquista, além da amizade que o grupo fez durante a disputa do campeonato.

“O grupo era muito bom. Agnaldo (técnico) soube realizar um ótimo trabalho. Tivemos uma boa base de 2003 feita pelo técnico Givanildo. Lógico que saíram algumas peças e outras vieram, mas a amizade era a palavra-chave daquele grupo. Chegávamos uma hora antes do horário marcado só para bater papo. Jogadores sempre sorrindo e, quando um grupo é assim, é difícil dar errado”, lembrou.

“Ninguém esperava jogar 14 vezes e conquistar 14 vitórias, mas em termos de grupo, foi o melhor que trabalhei”, acrescentou Gian.

A equipe azulina foi encarando as esquipes e as vitórias foram ocorrendo, mas segundo Gian, as ficha da campanha só foi cair quando chegou no último jogo, o clássico contra o Paysandu.

“Iniciamos a competição vencendo do Paysandu e terminamos derrotando o rival, mas durante as rodadas, não tínhamos muita noção do que estávamos realizando. No último jogo foi que realmente compreendemos a situação de forma mais completa. Graças a Deus, deu tudo certo, mas não foi nada fácil”, disse.

O Remo precisava de um empate para garantir o título, mas uma vitória faria aquele elenco entrar para a história do clube azulino. No segundo tempo, Gian teve a oportunidade de colocar o Remo na frente, mas perdeu um pênalti quando o placar ainda estava 0 a 0.

“Estava pressionado, fui cobrado durante a semana sobre uma possível saída para o Paysandu. Isso sempre ocorre em véspera de jogos importantes, então falavam que iria atravessar a Almirante Barroso. Perdi o pênalti e vem tudo isso na cabeça, são frações de segundos que tens que voltar para o jogo e ter personalidade e mostrar que isso não te abateu”, comentou.

‘Pouco tempo depois, recebi a bola no meio e encarei aquela jogada como uma ‘nova chance’. Já tinha na minha cabeça o que fazer e chutei. Pude então marcar e me redimir com o torcedor. No final, deu tudo certo e acabamos conquistando o título com 100% de aproveitamento”, falou.

Cria das categorias de base do Vasco (RJ), o paranaense Giancarlo Dantas veio para o Remo a pedido do técnico e amigo Júlio César Leal. Segundo Gian, foi mais pelo pedido do treinador, do que por vontade de jogar no Remo, mas um gol, em especial, deu um caminho para o ex-jogador de que o Remo era uma realidade.

“Cheguei no Remo com um salário bem baixo. O treinador Júlio César Leal era muito meu amigo, já tínhamos trabalhado juntos na Seleção Brasileira e no América (RN). Acabou que ele me convenceu. Tinha acabado de voltar da Suíça e quando cheguei, demorei muito para jogar e tive a oportunidade de estrear contra o Paysandu, em 2003. Neste jogo, em entrei e empatei a partida nos acréscimos, de cabeça”, disse.

“A partir daquele jogo, começou a identificação de fato, mostrando que o Remo era o meu caminho e desde então foi sempre assim. Hoje, o Remo é o clube do meu coração, torço muito. Respeito todos os outros clubes que passei, mas o Remo foi o local em que me sentir melhor e fui bem acolhido”, declarou.

O ex-jogador trabalha com o futebol e disse que a experiência que teve no Remo em 2017, quando assumiu o cargo de executivo, foi benéfica, mas não quer mais trabalhar na função que desenvolveu no clube azulino.

“Hoje sou treinador do Sub-15 do Castanhal e gerencio as categorias de base. A parte que gosto é a parte de campo. Tive uma experiência no Remo como executivo, mas serviu para mostrar o que realmente quero trabalhar, que é à beira do gramado”, finalizou.

O Liberal.com, 04/04/2019

7 COMENTÁRIOS

  1. Gean faz um revelação impressionante, fala de um Titulo invicto onde participou como craque do Leão, na final perdeu um pênalti mais fez um gol no decorrer do Duelo. Hoje o Remo é o Time de seu coração. Gean é um dos craques que escreveu parte da História emocionante do Filho da Glória e do Triunfo. Eu particularmente agradeço ao craque pelo título invicto que o Leão conquistou em 2004, agora ao revelar que o Remo é o time do seu coração eu fico pensativo isto só pode ser coisas das estrelas do céu, de uma paixão da Nação Azulina que move os seus eternos craques. Obrigado Gean.

  2. Se Arthur é o eterno rei, Gian é o eterno príncipe do Baenão. Saudades de vê-lo atuar com a camisa do filho da glória e do triunfo.

  3. o remo poderia contratar o dede do independente já que o rafael esta fazendo a lateral esquerda, seria uma ótima opção para a defesa ao lado do marcão.

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