Samuel
Samuel

Por décadas, no Brasil, jogadores de futebol foram formados nas funções de 4-4-2. Surgiram novos sistemas, mas a base seguiu no “feijão com arroz”. Agora, com algum atraso, alastra-se a marcação em linhas, aplicada no 4-2-3-1 do Remo.

São funções diferentes para a maioria dos atletas, principalmente na recomposição, sempre em alta intensidade. Alguns, por limitação intelectual ou déficit de atenção, têm grande dificuldade ou nem conseguem executá-las.

Quem tanto cobra organização tática, precisa entender que novas funções são essas e explicá-las ao público. Afinal, o Leão está nessa nova concepção de jogo.

O Remo, pelo maior tempo de treinamentos, pareceu bem mais ajustado que o Paysandu, até agora. A evolução das duas equipes vai ser lenta e gradativa, na busca da consistência.

A importância do cognitivo para os atletas

Tanto quanto o talento e a capacidade física, passa a ser fundamental o cognitivo para o sucesso dos atletas no futebol. No jogo cada dia intenso, só a boa engrenagem tática pode otimizar resultados com menos desgaste.

Essa é a obstinação de João Nasser Neto, no Baenão, trabalhando com diferentes níveis de inteligência nos seus elencos.

Em Santarém, o Remo funcionou bem, de tal forma que o goleiro Vinícius não fez uma única defesa importante, mas era flagrante que o time está tenso na execução do sistema de jogo.

Laterais

O Remo tem dois importados para a lateral-esquerda, mas a posição está com o paraense Tiago Félix, ex-Pinheirense. Afinal, Ronaell está lesionado e Victor Luiz ainda está se ambientando.

O destino conspirou a favor de Tiago Félix, que deu conta do recado em Santarém, mas vai ter que se reafirmar no time a cada jogo, tal como Djalma, também ex-Pinheirense, que barrou Geovane na direita.

Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 30/01/2019