João Nasser Neto (Netão)
João Nasser Neto (Netão)

João Nasser ou Netão? Simbolicamente, a escolha do nome para o treinador do Remo pode dar uma conotação diferente a ele neste início da temporada de 2019. O nome completo traz um peso mais científico, ligado ao momento dos treinadores. O apelido ainda está ligado ao tempo em que era auxiliar-técnico, oriundo do futebol de salão, trazendo mais informalidade.

O fato é que como treinador de um grande clube do futebol paraense, João Nasser Neto – ou Netão – deu indicativos de que tem condições de seguir a carreira em destaque. É estudioso e passa a ideia que está plenamente capacitado para desenvolver os novos modelos do futebol moderno. Fez um curso na Confederação Brasileira de Futebol, com grandes nomes do futebol nacional, entre eles, o treinador da seleção brasileira, Tite.

Nas entrevistas coletivas do treinador do Remo, ele está visivelmente mais à vontade e usa expressões modernas, como “organizamos os recursos que tínhamos disponíveis”, “ambiente de jogo”, “montar um modelo e se adaptar as circunstâncias do adversário”, “ideia sólida”, “inserir as peças” e “retenção de bola”.

Ano passado, Netão conseguiu o inesperado, que era salvar o Remo de um rebaixamento à Série D. Agora, precisa dar um passo adiante: obter o título estadual para ser o mais apropriado caso queira continuar no cargo de treinador do Leão.

Para a estreia do Remo na temporada, Netão fez o dever de casa. Ao contrário de expressões generalistas, ressaltou características específicas do adversário.

“Acompanhei o jogo deles”, disse, referindo-se ao empate do São Raimundo com o Águia, em 1 a 1, em Santarém.

“Temos dois analistas no clube para fazer a avaliação da equipe adversária, mas também procuro estar observando para ter um entendimento melhor”, revelou.

Sobre o seu time, o treinador evita comparar ao de 2018, que livrou o Leão do rebaixamento em uma campanha irregular, mas de crescimento na reta final.

“Não tem como compararmos, não tivemos efetivamente os jogos. Apenas assim, veremos a diferença”, concluiu.

O Liberal, 26/01/2019