Rafael Jensen
Rafael Jensen

A estreia do Remo contra o Boa Esporte (MG), no sábado (27/04), deixou uma boa impressão para o decorrer do campeonato. O adversário mineiro foi 4º colocado do seu Estadual, que possui um nível técnico bastante acima do Parazão, ficando atrás de Cruzeiro (MG), Atlético (MG) e América (MG). O Leão foi melhor em campo, principalmente no primeiro tempo, mas há bastante espaço para crescer ao longo do Brasileirão.

“Espero que (nos próximos jogos) o desempenho seja um pouco diferente, um pouco melhor. Assim como mostramos contra o Boa, em que a gente impôs o ritmo de jogo do começo ao fim. Claro que no segundo tempo, por a gente estar ganhando, caímos um pouco de rendimento, mas não foi nada demais. No Campeonato Paraense, mesmo a gente ganhando, fomos bastante criticados e mesmo assim fomos campeões. Espero que na Série C não seja diferente. Sei que vamos ser criticados, a torcida pega mais no pé de alguns jogadores, mas é com trabalho que podemos reverter e vencer tudo isso”, apontou Rafael Jensen.

Zagueiro central de origem, Jensen tem atuado como um coringa da primeira linha de defesa azulina. Nas últimas rodadas do Parazão, foi deslocado para a lateral-esquerda mesmo sendo destro. Agora, contra o Boa Esporte (MG), apareceu bem na lateral-direita, com direito a drible e assistência para o gol da vitória.

“Minha posição de origem é zagueiro. Apesar de ser destro, tenho facilidade com a perna esquerda e sempre joguei mais pelo lado esquerdo. O professor Márcio Fernandes pediu para treinar na lateral-esquerda e fui bem. Agora ele me colocou pela direita e acredito que, dentro das minhas limitações, fui bem e acabei contribuindo com a assistência para o Alex (Sandro) fazer o gol. Temos que evoluir a cada dia. Os treinamentos estão aí para isso, para evoluir, e acredito que contra o Juventude (RS), uma equipe bem forte, vamos evoluir”, salientou.

Aliás, o setor defensivo como um todo tem se consolidado desde a chegada de Márcio Fernandes. São 9 jogos no comando do Leão e apenas 3 gols sofridos. O goleiro Vinícius só teve que buscar a bola no fundo do gol uma vez nas últimas 6 partidas, em gol contra de Marcão no primeiro jogo da final do Parazão. De acordo com Jensen, isso é fruto das orientações do treinador.

“A principal características que ele pede é a compactação, principalmente dos volantes e dos pontas, para fechar pelo meio, para o adversário não conseguir meter essa bola pelo meio. Se a bola passar entre os volantes, o atacante vai sair praticamente na cara do gol. Quando perdemos a bola, a gente compacta no meio e isso dificulta bastante para o adversário. Acredito que o Boa criou muito pouco por causa do nosso desempenho lá atrás. Isso é importante porque, não levando gols, sabemos que, pela qualidade do nosso ataque, chegando lá na frente, vamos concluir em gol”, avaliou o defensor.

Como diante do time mineiro o auxiliar-técnico Marcinho Fernandes, filho do treinador azulino, foi expulso do banco pela arbitragem, o ex-treinador e hoje coordenador do clube, João Neto, é quem dará assistência a Márcio Fernandes contra o Juventude (RS), no próximo sábado. Rafael Jensen afirma que será importante rever Netão.

“Acredito que ele veio para contribuir, mais ainda, assim como foi no início do campeonato. Fomos campeões e, com certeza, tem a mão dele aí. Ele que começou o campeonato, a preparação física. Ele contribuiu muito e espero que na Série C não seja diferente, assim como no ano passado, quando ele assumiu e livrou o time do rebaixamento. Ele tem muito a oferecer para esse clube e já demonstrou isso”, concluiu.

A partida entre Juventude (RS) e Remo, no sábado (04/05), inicia às 17h15, no estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul (RS).

Globo Esporte.com, 30/04/2019