Fábio Bentes e Márcio Fernandes
Fábio Bentes e Márcio Fernandes

Dividindo a liderança Grupo B da Série C do Brasileirão com o Volta Redonda (RJ), ambos com 7 pontos, o Remo tem demonstrado que vai brigar pelo acesso à Série B. O presidente azulino Fábio Bentes avaliou as mudanças realizadas no time e as diferenças do Campeonato Paraense para o torneio nacional.

“São campeonatos distintos. Campeonato Paraense tem uma característica mais de correria, um jogo pegado. Um jogador de time do interior, quando pega Remo ou Paysandu, joga como se fosse uma final de campeonato. Além disso, tem gramados pesados, viagens complicadas”, comentou.

Segundo o presidente azulino, os times entram com um objetivo muito nítido no Parazão: derrubar a dupla Re-Pa que, geralmente, possuem um elenco mais qualificado. Para Bentes, as coisas são bem diferentes na Série C.

“Em uma Série C, é mais de igual para igual. Não necessariamente o adversário observa o Remo como o futuro dele. Ele acha que está em um time igual. Tem gramados bons, a característica do jogo muda, os jogadores colocam uma outra dinâmica na partida. É um jogo mais cadenciado, trabalhado e com toque de bola. Não é aquela coisa mais pegada. Alguns jogadores tendem a melhorar”, afirmou.

O Leão iniciou a temporada sob o comando de João Neto, mas o desempenho da equipe era constantemente alvo de críticas e o treinador deu lugar a Márcio Fernandes. Questionado se houve evolução desde a alteração no banco do time, Fábio Bentes avaliou de forma positiva.

“Acho que o time evoluiu. Márcio vai completar 60 dias e os treinamentos dele começaram a surtir efeito. Não é aquele Remo de chutão e ‘se vira’ lá na frente. O Remo sai tocando, faz jogadas. Agora, o treinador também tem opções. Temos um elenco mais completo, mais preparado para a competição”, finalizou.

O Liberal, 16/05/2019

5 COMENTÁRIOS

  1. A melhor coisa de ver o Remo jogando hoje é o toque de bola na saída, desde a própria área com o Vinícius, passando pelos zagueiros. Um dos jogadores mais importantes nessa função é o Yuri, que constantemente ta se movimentando pra dar opção de passe , seja pro Vinícius, seja pros zagueiros. Ele aparece no meio na marcação e recebe os passes

    • Porque ele atua como o Busquet, recebendo a primeira bola e distribuindo. A outra opção é a saída com os zagueiros pela laterais. É a escola do Barça. O único problema, é perder uma bola ali, se enfrentar um adversário muito aguerrido e disposto a jogar num possível erro ali, pode ser fatal.

  2. A entrada de alguns jogadores no elenco foi fundamental e a tendência é melhorar, uma coisa é ter o Dedeco e Diogo Sodré, outra coisa é o Ramires e Carlos Alberto. O Fernandes começou a esboçar essas saídas com toque de bola no final do paraense, tanto é que o Keven se atrapalhou e entregou uma bola contra o Independente, no 1×1, Djalma cometeu também alguns deslizes, tudo fruto natural de uma adaptação. Eu estava desconfiada pois não conhecia o Zotti, mas depois do primeiro toque na bola vi que ele sabe jogar assim, então foi uma contratação pontual e indicada pelo treinador para se encaixar no perfil do time, algo absolutamente natural.

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