Rafael Jensen, Douglas Packer e Yuri
Rafael Jensen, Douglas Packer e Yuri

Na quinta-feira (13/06), em Porto Alegre (RS), o Remo sofreu sua primeira derrota na Série C após 8 rodadas disputadas. O time segue muito bem posicionado, mas o desempenho diante do adversário gaúcho gerou imediatos questionamentos e disparou alguns alertas dentro do clube. Ao contrário do que vinha ocorrendo na trajetória remista, pela primeira vez o adversário ditou o ritmo e controlou completamente a partida.

Na entrevista pós-jogo, o técnico azulino se amparou em dois argumentos para justificar o rendimento técnico da equipe. Alegou falta de adaptação ao gramado sintético e desgaste provocado pela maratona de jogos em curto espaço de tempo.

Márcio Fernandes tem razão nas duas justificativas. De fato, como muita gente temia, estranhando o gramado, os jogadores erraram passes em demasia e tiveram dificuldades para desenvolver o tipo de jogo que vinham praticando até então.

É fato também que a agenda de jogos também foi prejudicial ao Remo, que praticamente não treinou desde o confronto contra o Tombense (MG), no interior de Minas Gerais, na segunda-feira (03/06).

A delegação desembarcou em Belém somente na madrugada de quarta-feira (05/06). O clube havia solicitado alteração do jogo seguinte, contra o Volta Redonda (RJ), de sábado (08/06) para domingo (09/06), mas a CBF não atendeu. Para piorar, o jogo contra o São José (RS), que seria neste sábado (15/06), foi antecipado para quinta-feira (13/06).

É preciso, porém, observar que além desses dois fatores, o Remo perdeu também para a qualidade e o entrosamento do São José (RS), que tem praticamente a mesma formação há 2 anos e um técnico (Rafael Jaques) que caminha para o segundo ano de trabalho.

Com tranquilidade, os donos da casa não caíram na armadilha que o Remo costuma armar quando atua fora de casa, cedendo espaço para explorar o contra-ataque em rápida troca de passes. O time gaúcho também não ficou preso à estratégia previsível dos cruzamentos altos, preferindo jogadas pelos lados. Na prática, o Remo pela primeira vez encarou um adversário à sua imagem e semelhança.

O gol de Dudu Mandai, aos 26 minutos do segundo tempo, surgiu de uma jogada em contragolpe e de uma tabelinha final junto à área, entre o lateral-esquerdo e o meia Maradona, culminando com o chute cruzado que Vinícius não conseguiu defender.

Além do bom nível técnico do mandante, o Remo não foi eficiente nas poucas chances de definições. Teve duas chegadas fortes com Gustavo Ramos e Ramires, no primeiro tempo; e uma oportunidade clara com Emerson Carioca, logo no primeiro minuto da etapa final.

As ausências do meia Douglas Packer e, principalmente, do volante Yuri, também foram sentidas demasiadamente pela equipe. Ramires, peça fundamental nas jogadas de transição, pouco apareceu, talvez preocupado em ajudar o substituto Rafael Tufa na cobertura à zaga.

Nas circunstâncias, o resultado foi normal e não deve causar abalos maiores no ambiente azulino, mas sinaliza a existência de problemas que devem ser corrigidos. A falta de força ofensiva na área talvez seja o mais grave e evidente de todos. Por isso, inclusive, a contratação de um novo centroavante.

Blog do Gerson Nogueira, 15/06/2019

10 COMENTÁRIOS

  1. Nunca se joga fora só se defendendo temos que treinar uma válvula de escape pra sair em contra golpes rapidamente para o ataque porque não há defesa que aguente eu vi o jogo e acho que o remo precisa de mais dois meio de campo técnicos para sair jogando o bala já merece uma chance pra sair em contra ataque principalmente quando o jogo for fora de casa no intervalo há tem que vim com dois homens descansados pra mudar o jogo ok professor Márcio

    • Prezado Mariano, não concordo. Esse espaço é interessante por isso. É um espaço de Remistas. Veja os resultados do Remo fora: Juventude 1×1 Remo, o Remo saiu na frente; Luverdense 0x1 Remo, o Remo foi para cima e jogou para ganhar; Tombense 2×2 Remo, Remo saiu atrás e virou o jogo sofrendo empate no final quando era absoluto no jogo; São José 1×0 Remo. Esse foi o único jogo que vi o Remo não conseguir se impor. O Remo não conseguiu colocar a bola no chão e foi predominantemente pressionado. Apesar dos 3 jogos, com duas viagens longas em 11 dias, o campo de grama sintética interferiu sim. O São José, segundo a própria imprensa, tem um excelente aproveitamento nesse campo exatamente pelo costume com o gramado. Uma das coisas que tem me deixado satisfeito é que o Remo, ao contrário de outros anos, vem jogando fora com personalidade e procurando a vitória. Não vejo o Remo jogando na defesa e esse último jogo foi uma excepcionalidade. Agora série C é difícil e todos os anos a pontuação é embolada de modo os clubes ficam bem próximos na tabela. Portanto, isso é normal. O próximo jogo, apesar de torcemos pela vitória, será um clássico. Temos que focar que o Remo quer o acesso e esse, mesmo com a rivalidade, é mais jogo. A imprensa quer criar uma crise no Remo se o pior acontecer no jogo. Fiquemos atento para não deixar essa imprensa contra o Remo conturbar o bom ambiente no Remo. O Remo está bem no campeonato. Vamos vencer esse é outros jogos. Importante é subir, é o acesso.

  2. Gostei do comentário do Blog do Nogueira, acontece que o São José também sofrerá o desgaste da viagem até Belém no duelo de volta no Mangueirão pela 17ª rodada. O Leão está alerta e vai desenvolver melhor toque de bola, neste diapasão de alerta e melhoria no toque de bola com um Mangueirão que sempre estará lotado pela Fenômeno, que o São José tome muito Chimarrão porque eles vão levar aquela peia no Mangueirão.

    • Uma pequena explicação, a maioria (7 times) dos times são do sul e sudeste, de fato para Remo, Atlético AC e Paysandu vão viajar mais e sofrerão desgaste maior. O Nogueira torce pra mucura e nunca vai dar uma boa justificativa pro poderoso Leão.

  3. Não sei como a CBF – Liberou aquele estádio do são José, Ridículo para um campeonato tão importante…. aquilo é uma arena de “Futebol Soçaite” como muitas espalhadas pelo Brasil, onde se praticam esportes de final de semana…. Quero ver o desempenho d’eles em campos oficias de grama natural….

    • Tive a mesma impressão. Ridículo!
      A arena que eu jogo amadoramente acredito que seja até melhor!
      Parecia uma pelada!

  4. Acredito que foi bom perder agora pra vermos que o Remo não é imbatível nada acontece por acaso pode ser que essa derrota veio pra baixar um pouco a bola pois até com o Palmeiras foi comparado em termos de invencibilidade e também foi melhor perder agora do que perder domingo

    • Com certeza! Uma hora ia ter que perder pois é normal no futebol e em um campeonato como esse. Pelo menos aliviou a pressão dos jogadores do Remo de manter a invencibilidade e também tirou a motivação dos adversários de jogarem contra o único invicto. Domingo vamos jogar sem essa pressão e voltaremos, vamos torcer e vibrar, para as vitórias. Sem dúvida que tem jogador que fica displicente após sucessivas vitórias e boa campanha. Nesse aspecto esse jogo contra o São José vai permitir a melhor concentração nos próximos jogos com a humildade e garra que o time vinha tendo no campeonato.

  5. O remo precisa adiantar sua marcação joga muito atrás,são José manjou o remo,e não acha que o Paysandu também não vem estudando o remo

  6. O Paysandu pode até estar estudando o Remo, porém acho que o Paysandu na sua maioria não tem jgadores de qualidade. Acredito na vitória do Remo.

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