Tindô
Tindô

Um velho conhecido das categorias de base do Remo está de volta. Alcindo de Aguiar Cunha Filho, formador de craques do Baenão e mais conhecido como Tindô, de 65 anos, recebeu convite do presidente Fábio Bentes para auxiliar na busca de novos talentos para a equipe remista.

O profissional, que trabalhou por quase 2 décadas para o clube, além de ter vestido o manto azul-marinho como jogador, será um dos responsáveis por analisar atletas em processos seletivos a partir de novembro.

A volta de Tindô ocorre depois de alguns anos da sua última passagem, período esse que passou pelo tratamento de uma artrose no quadril esquerdo. Operado desde abril e recuperado, Tindô ponderou que o tempo afastado da sua “praia” não será problema.

“Com toda humildade, mas tenho bons olhos para descobrir talentos. Raul, Cicinho, Igor João, Andrezinho, todos passaram pela minha mão e estão tocando a vida no esporte. Fico honrado pelo convite do presidente Fábio Bentes pelo reconhecimento e pelas indicações do Netão e de todos os profissionais que confiam no meu trabalho”, destacou.

Torcedor convicto do Leão, Tindô foi enfático ao afirmar que as categorias de base do time serão divisoras de água da equipe profissional.

“Sempre vemos jogadores daqui, com poucos jogos, tendo destaque. Já meteram ‘olhão’ no Rony. Se tiver mais espaço, vai render e, depois que ajudar, vende. Para isso, é necessário esse cuidado em descobrir, trabalhar e formar o atleta e cidadão desde cedo, como já fiz em outros momentos”, pontuou.

Seguro que pode ser essencial nessa busca pela construção de uma nova safra de atletas, Tindô foi cirúrgico.

“Acredito que as pessoas me conhecem. Só preciso de uma chance para mostrar que posso ajudar o Remo a construir um grande celeiro. Assim como a molecada de 10, 11 anos estará buscando realizar o sonho de ser jogador de futebol, quero provar que posso ser peça importante para eles nesse caminho”, cravou.

Depois de um período não tão bom pessoalmente e profissionalmente, após ter ficado um ano parado em virtude do problema no quadril, o que impossibilitava a locomoção, hoje, recuperado, Tindô fez questão de exaltar o papel do Departamento Médico azulino, em especial o médico Jean Kley.

“Como falo, ele foi um anjo na minha vida. Me ajudou com tudo e quando mais precisei. Profissionais desse tipo, sem dúvida, farão com que o Remo evolua, assim como o doutor Hermes Figueiredo”, comentou.

A gratidão não parte somente do profissional, mas é uma via de mão dupla. Recentemente campeão da Série C do Campeonato Brasileiro com Náutico (PE), o volante Jhonnatan, em seu retorno a Belém, na semifinal da competição, fez questão de rever o velho conhecido.

“Foi um atleta que passou por mim desde moleque. O pai dele sempre me procurava e me ligou quando ele veio se preparar aqui. É muito bom quando você reencontra alguém e tem o carinho de volta”, reforçou.

Em virtude do tempo em que passou pelo Baenão, seja como coordenador, supervisor ou técnico das categorias Sub-13, Sub-15, Sub-17 e – por pouco tempo – até mesmo pelo profissional do Clube do Remo, Tindô possui uma lista vasta de jogadores que ajudou a formar, ao lado de outro ex-técnico da base, Carlinhos Dornelles.

Alguns, por exemplo, despontam na Europa, como é o caso do zagueiro Raul e do lateral-direito Cicinho, que atuam no Braga (Portugal) e Ludogorets Razgrad (Bulgária), respectivamente. Ao visualizar outro nome arrebentando em cenário nacional, como o atacante Rony (Athlético-PR), Tindô pontuou que o Remo
tem potencial e tradição na formação de jogadores para colocar em “holofote” muito mais jogadores.

“Temos o Wallace (atacante), o Anderson Pipoca (zagueiro), o Laílson (meia), até mesmo o Hélio (atacante). Eles passaram desde cedo comigo e estão prontos para o profissional. Todos fizeram parte de quando eu estava no clube. O Remo não pode perder essa identidade, de construir jogadores. Se tiver a chance de fazer, vou fazer bem feito uma nova safra ao lado dos profissionais competentes que hoje atuam”, ratificou.

Diário do Pará, 20/10/2019

9 COMENTÁRIOS

  1. A base de um clube se bem trabalhada, rende dividendos não só financeiros como atletas que ajudarão o time nos resultados dos jogos. Porém nada disso adiantará se continuarem a trazer técnicos de fora que por sua vez, só dará vaga e preferência para os jogadores indicados por eles e que muitas vezes são pernas de pau como estamos cansados de ver. Um outro problema, é a questão de agentes mal intencionados dos garotos, que só querem saber do lucro, como é o caso agora do Rony. Assim não adianta colocar o Tindô ou outro qualquer, que a situação não mudará. Atenção presidente Fábio Bentes. Estou errado? A prática, a realidade nos mostra que estou certo. O senhor está com a palavra.

  2. Fui atleta do Tindô no sub-13 há 11 anos atrás, nao me tornei jogador profissional, mas com certeza fez parte da minha formação como cidadão. Hoje, sou advogado.

  3. Contratem o Jonathan ex jogador remista e campeão pelo Náutico da série c esse com certeza seria titular absoluto.

  4. Todo final de ano fracassado vem a tona essa conversa de aproveitar os ótimos jogadores da base,mas infelizmente isso não acontece e quando aproveitam é para serem reservas ou entrarem nos últimos 15 minutos de jogo e insistem em manter no time titular jogadores experientes ,ruins e mal condicionado fisicamente.

  5. Parabéns meu irmão. Você é um grande guerreiro, que Deus te abençoe sempre, te dê muita saúde para continuares esse trabalho que VC faz com tanta dedicação. Um grande abraço meu irmão.

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