Remo 6x1 Atlético-AC (Rony)
Remo 6x1 Atlético-AC (Rony)

De repente, quase no crepúsculo da temporada do futebol, surgem algumas novidades no Leão. Algo tímido ainda, mas que deixa esperanças de que o clube possa vir a lucrar futuramente com jogadores formados em suas divisões de base.

A necessidade costuma ser a mãe da oportunidade. No futebol, é uma regra que habitualmente se aplica aos clubes paraenses. Quando a situação aperta, os elencos são quase sempre recompostos com as revelações caseiras.

O Remo surpreendeu sua torcida neste domingo (15/09) não apenas pela fartura de gols contra o Atlético (AC). Causou excelente impressão a apresentação da dupla Hélio Borges e Rony, garotos vindos da base que jogaram com extrema aplicação e competência.

Hélio já havia aparecido no período de Márcio Fernandes, nos jogos contra o Sobradinho (DF), pela primeira fase da Copa Verde. Chegou a fazer gol na partida de volta contra o time brasiliense, no Mangueirão.

Diante do Atlético (AC), ele entrou no ataque, correndo pelo lado direito e ajudando a empurrar o time ainda mais para cima do adversário.

Rony era um completo desconhecido para a torcida. Aos 19 anos, guarda certa semelhança física com o atacante do mesmo nome, que atualmente joga no Atlhético (PR) e também foi revelado no Baenão.

Em campo, desfilou um desembaraço raro entre jogadores estreantes. Substituiu o titular Cesinha aos 25 minutos do segundo tempo e mostrou boa movimentação, entendimento com os companheiros e uma qualidade de passe que encheu os olhos de todos.

O mais admirável é que Rony não estreou em um jogo qualquer. Teve personalidade para se apresentar diante de um Baenão lotado, correndo junto às arquibancadas laterais, ouvindo aplausos e gritos de cobrança da torcida ali posicionada.

Lembro de muito jogador experiente, com rodagem por clubes de outros Estados, que tremem no caldeirão azulino. Depois de disputar a Copa São Paulo, Rony passou no teste, juntando-se a Hélio entre as agradáveis surpresas deste Remo que se reconfigura após a frustração na Série C.

A presença do lateral levanta um natural questionamento sobre a capacidade de avaliação do técnico Márcio Fernandes. Quais os motivos que levaram à contratação de um jogador como Gabriel Cassimiro para a ala direita se havia um garoto tão promissor dentro do próprio clube?

Depende agora do técnico Eudes Pedro a disposição de continuar aproveitando Rony e Hélio sempre que houver oportunidade propícia e não custa nada lançar o olhar para as bases. Outros atletas podem vir a ser úteis na reconstrução da equipe para 2020.

O momento, como se vê, é favorável aos enjeitados de sempre. Que aproveitem bem a oportunidade.

Blog do Gerson Nogueira, 17/09/2019

3 COMENTÁRIOS

  1. Realmente o Roni se comportou muito bem..Seguro e tranquilo, mostrou habilidade e desenvoltura.
    Espero que a diretoria se adiante com o contrato e a cláusula para que não percamos mais um promissor jogador da base.

  2. Já estão falando em vender o jogador para lucrar uma mixaria, enquanto deveriam propor uma renovação de contrato para ele por um salário de no mínimo R$5.000,00, por um período de 4 anos. Isso sim, garantiria ao clube um jogador jovem, com potencial ou uma boa venda, tendo em vista que, de acordo com a lei Pelé, o valor de venda de um jogador é calculado com base no valor do salário que recebe e o tempo restante para o término de seu contrato. Mas não, preferem ficar fazendo experiências com esses perna de pau que vem comer o dinheiro do clube. A não ser que alguém esteja ganhando para vender barato e ganhando para empregar os pernas de pau…….!

    Lembram do caso Kevem ? Agora estão procurando zagueiros !

  3. Os dirigentes não aprendem com os erros do passado, pqp!
    Vão vender o garoto da base por 350 mil, depois o clube que o comprou venderá por 2 milhões. Presidente, temos muita matéria prima bruta de boa qualidade, precisam ser trabalhadas com atenção e profissionalismo, nada, nesse caso, de IMEDIATISMO!

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