Guilherme Garré
Guilherme Garré

O Remo tem sido escalado por Eudes Pedro – em jogos e treinos – em um sistema tático diferente daquele que prevalecia nos tempos de Márcio Fernandes. Ao contrário do 4-4-2 que o antecessor preferia, o novo técnico adota formação de pegada mais agressiva, que na maioria das vezes pode ser definida como um 4-2-1-3.

A goleada de 6 a 1 sobre o Atlético (AC), pela 3ª fase da Copa Verde, foi o cartão de visitas dessa estratégia, que visa dar ao Remo uma consistência ofensiva que tanta falta fez na reta final da Série C. É claro que o placar dilatado não pode ser adotado como obsessão, mas como referência para uma nova filosofia de jogo.

Na semana do primeiro Re-Pa da semifinal da Copa Verde, Eudes tem treinado algumas variações. O técnico ensaia utilizar Zotti ou Guilherme Garré como parceiros de Eduardo Ramos na movimentação criativa do meio-campo.

Em campo contra o Atlético (AC), Zotti é um jogador ainda em busca de afirmação no time e junto à torcida. De inegável qualidade técnica e boa capacidade de passe, o meia sofre apagões e desperta desconfianças pelo estilo aparentemente lento.

As distrações contra Tombense (MG) e Boa Esporte (MG), que resultaram em gols que custaram caro ao Leão na classificação final da Série C, deixaram Zotti sob questionamentos no Baenão. Aliás, por temer a reação da torcida, Márcio Fernandes erradamente decidiu não colocá-lo em campo diante do mesmo Tombense (MG), em Belém, quando Garré se lesionou.

A história do Remo na competição nacional poderia ter ido outra, caso Zotti tivesse sido lançado para recompor o meio contra a equipe mineira. Garré, cuja última aparição foi justamente naquela partida, espera a vez de mostrar utilidade. Tem em seu favor características que casam melhor com o estilo de Eduardo Ramos.

Garré é um condutor de bola, como Eduardo Ramos, mas sabe verticalizar o jogo, principalmente quando investe na diagonal em direção à área. Para isso, usa o drible em velocidade como arma, o que pode ser decisivo contra equipes muito fechadas.

Eudes, porém, tem uma outra alternativa para deixar a equipe mais próxima de um 4-3-3: manter Wesley como titular, ao lado de Neto Baiano e Gustavo Ramos. Com o trio em campo, o Remo atropelou o Atlético (AC) no Baenão. Gustavo pode ser o jogador da recomposição quando o time for atacado pelas laterais. Wesley pode ser o parceiro de Euardo Ramos quando for necessário povoar o setor criativo.

Há, ainda, chance de aproveitamento do garoto Hélio Borges, que chegou a ser escalado como lateral-direito por Márcio Fernandes, mas entrou (bem) no ataque na parte final da partida contra os acrianos.

São as possibilidades disponíveis para Eudes, que terá no domingo (29/09) a grande prova de fogo de sua curtíssima carreira como treinador.

Blog do Gerson Nogueira, 26/09/2019

2 COMENTÁRIOS

  1. to gostando desse arsenal de estrategias de jogo é isso que nos precisamos se não der de um jeito muda no mesmo jogo o jeito de jogar por ter jogador moderno e não utilizar é besteira então é ir pra cima e a zaga encosta ate o meio de campo…

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