Copa Verde
Copa Verde

A principal meta do Remo em uma temporada oficial, em campo, é poder desfrutar o máximo possível dos benefícios das partidas, seja dentro ou fora de casa. Por isso, o desejo incessante do acesso à Série B, algo que, além de deixar o clube em evidência, seria uma ponte fundamental para o resguardo financeiro, uma vez que as cotas de transmissão, bem como parcerias mais vantajosas, seriam relativamente mais fáceis de serem fechadas.

Porém, de acordo com o cronograma disponibilizado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na quarta-feira (03/10), referente às datas oficiais das competições em 2019, os azulinos devem diminuir a participação em certames, já que a Copa Verde não foi confirmada até o momento.

Até o momento, são 3 os campeonatos que o Remo está com a vaga garantida: Parazão, Copa do Brasil e Série C. Para alguns, a ausência do regional não faz muita falta, já que a bonificação para o campeão não chega a “brilhar os olhos”. Contudo, o torneio é uma das prioridades para os pré-candidatos pelo caixa fora das 4 linhas, ou seja, a receita oriunda pela arquibancada e pelo sócio-torcedor.

É bom lembrar que, ao campeão, pelo menos nas últimas temporadas, foi cedida uma vaga nas oitavas-de-final (5ª fase) do ano seguinte na Copa do Brasil, que paga uma cota recheada na etapa, ultrapassando R$ 1 milhão.

Apesar do retrospecto desastroso na Copa Verde, o retorno financeiro não foi tão ruim. Desde 2015, quando figurou entre os finalistas daquela edição, 12 jogos foram realizados em Belém. Naquele ano, o Leão faturou mais de R$ 3 milhões de bilheteria bruta, cerca de R$ 975 mil somente na final diante do Cuiabá (MT), no jogo de ida, na capital paraense.

De acordo com o treinador João Neto, caso ocorra, o torneio será prioridade, assim como todas as outras competições.

“A gente, como profissional da área, tem que mirar um objetivo, que é sempre vencer ou fazer campanhas positivas que tenham a nossa participação. É importante (financeiramente), claro, mas é uma competição que nos prepara contra times de outros Estados para o Brasileirão, que é uma prioridade”, explicou.

Embora a equipe não conte, a priori, com a Copa Verde para o ano que vem, ao menos um ponto pareceu positivo para 2019 na programação do Remo. Caso chegue à fase final e conquiste o aceso, o time jogará até o começo de outubro, diferentemente desse ano, quando a decisão ocorreu em setembro.

“É cedo falar sobre qualquer coisa, mas tudo que for ajudar o Remo a estar em campo é positivo, sim. Esperamos que, nesse período, o acesso seja alcançado. Vamos trabalhar dia e noite para isso”, destacou o gerente de futebol Ari Barros.

Diário do Pará, 06/10/2018