Rodriguinho, João Nasser Neto (Netão) e Elielton
Rodriguinho, João Nasser Neto (Netão) e Elielton

Modelo de jogo, sistema, plataforma… O vocabulário do futebol moderno tem sido cada vez mais frequente no Remo.

Para a partida que pode eliminar de vez o risco de rebaixamento para o Leão, a “bola da vez” é para a possibilidade de enfrentar um adversário com “a primeira linha de cinco”, termo utilizado pelo técnico João Neto, que refere-se ao Salgueiro (PE), oponente desta segunda-feira (06/08), às 21h15, no estádio Cornélio de Barros, no município de Salgueiro (PE), pela penúltima rodada da fase classificatória da Série C do Campeonato Brasileiro.

Uma vitória remista no confronto e a derrota da Juazeirense (BA) para o Santa Cruz (PE), em Juazeiro (BA), elimina qualquer chance de queda do Leão.

A famosa “primeira linha de cinco” é, na verdade, uma tendência do futebol mundial. O grande início foi em 2014, na Copa do Mundo disputada no Brasil. Seleções como Costa Rica e Chile chamaram a atenção pelos resultados.

A Costa Rica passou como líder pelo “grupo da morte”, que também classificou o Uruguai e eliminou as campeãs mundiais Itália e Inglaterra. O Chile foi até às quartas-de-final, sendo eliminado pelo Brasil nas penalidades.

Nos clubes, a ideia foi difundida a partir de 2016, através de Antonio Conte, então treinador do Chelsea (Inglaterra). A ideia foi tão bem aceita no universo da bola que, na última Copa do Mundo, ou seja, apenas 4 anos depois, virou uma regra para toda equipe que buscasse uma marcação compacta com supremacia numérica.

Como a porta de entrada para o modelo com clubes foi por meio do campeonato inglês (Premier League), seria natural que a seleção britânica surgisse na Copa da Rússia com a “primeira linha de cinco” montada. Deu certo e a eliminação só ocorreu nas penalidades para a brava e talentosa Croácia.

Para Netão, a utilização da ferramenta faz parte de um duelo mental.

“Temos que estar atentos. Temos a nossa estratégia pronta para a partida e sabemos que, na verdade, a estratégia é organizar recursos para ir bem na partida. Temos nossos recursos na qualidade dos jogadores e precisamos utilizar isso de uma forma sensata para tirar proveito de tudo”, disse.

Quem pensa que a Série C do Campeonato Brasileiro e o Remo estão longe disso, engana-se. Tal modelo de jogo foi o mesmo utilizado pelo Confiança (SE) contra o Remo e o técnico Netão adiantou que também deverá ser uma arma para o Salgueiro (PE).

“Já estudamos bastante a equipe deles e sabemos que o Salgueiro (PE) vem com a linha de cinco. Dessa forma, eles defendem praticamente com 3 zagueiros e preenchem o meio-campo de forma centralizada para ter a passagem dos laterais tanto para a defesa, quanto para o ataque. Estamos nos preparando para anular isso”, explicou.

Existe, ainda, a possibilidade de alternância entre modelos.

“Houve um trabalho específico para que nossa equipe estivesse prevenida quanto a isso. Eles podem jogar em alguns momentos com a linha de 4 defensores (dois laterais e dois zagueiros) e já estudamos tudo isso para fazer um bom jogo”, continuou Netão.

O Liberal, 05/08/2018

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