Remo 0x3 Confiança-SE (Jayme)
Remo 0x3 Confiança-SE (Jayme)

Foi um exagero, mas o futebol pune a imperícia. Os 3 gols do Confiança (SE) aconteceram de maneira fulminante, entre os 25 e os 46 minutos do 2º tempo, justo quando o Remo era muito mais presente no ataque e criava situações de perigo para a retaguarda sergipana.

O placar acachapante construído nos 21 minutos finais não diz o que foi o jogo, bastante equilibrado até o primeiro gol, mas demonstra que, ao contrário dos azulinos, os visitantes foram competentes no aproveitamento das chances criadas.

Chances não faltaram aos azulinos. No primeiro tempo, Isac, Elielton, Jayme e Dudu erraram finalizações diante do goleiro Genivaldo. É bem verdade que, antes de o Remo se estabilizar na partida, o Confiança (SE) rondou o gol de Vinícius em várias ocasiões.

O goleiro azulino impediu o primeiro gol logo aos 2 minutos, quando Diogo entrou pela esquerda e bateu cruzado. Iago perdeu duas chances claras e Raí bateu de fora da área, tirando tinta do poste direito remista. Aos poucos, depois do mau começo, o Remo foi se erguendo e, a partir dos 20 minutos, passou a comandar a partida.

Na etapa final, Givanildo trocou Jefferson Recife (contundido) por Levy, mas manteve Isac, mesmo sob os protestos da torcida. Depois, substituiu Elielton por Gabriel Lima. Com Levy improvisado, o Remo aumentou a pressão pela esquerda em busca do gol. Ao mesmo tempo, cedia espaços para triangulações e saída rápidas do Confiança (SE).

Quando o Leão mais insistia no ataque, a casa caiu. Aos 25 minutos, em contragolpe bem tramado que envolveu a defensiva azulina, a bola chegou a Léo Ceará, que disparou um chute forte da entrada da área, aproveitando a hesitação de três defensores do Remo.

No desespero, Givanildo finalmente tirou Isac e lançou Eliandro. Apesar dos esforços, faltava jeito e organização para impor uma reação. Quando ainda buscava assimilar o golpe, nasceu o segundo gol. Na verdade, um golaço de Everton, sem defesa para Vinícius, aos 37 minutos.

O terceiro gol, do zagueiro Bruno Maia (contra), saiu nos acréscimos, em consequência do desespero azulino em tentar pelo menos diminuir a diferença.

A história final poderia ter sido outra, mas o fato é que o Remo, mesmo obtendo boa vitória em João Pessoa (PB) na rodada anterior, insistiu no equívoco de usar um 4-3-3 sem qualidade e força no meio-campo. Além de deixar a zaga vulnerável, a falta de criatividade e de alternativas de aproximação não permite que o ataque funcione como deveria.

Isac, Elielton e Jayme dificilmente alcançarão o encaixe suficiente para que o tridente seja agressivo e eficiente. Pesam diferenças de característica e a má fase do centroavante, cuja persistência não é recompensada com gols. Eliandro, que jogou por 20 minutos ontem, deveria ser mantido até para que Isac seja preservado e possa se recondicionar.

Ainda há muito por acontecer na Série C, mas com tantos percalços, o Remo periga ficar emparedado nas cercanias da zona de queda, jogando sempre sob muita pressão. O cenário é cada vez mais preocupante.

Blog do Gerson Nogueira, 21/05/2018

3 COMENTÁRIOS

  1. Desde muito tempo os jogos do tem sido tem sido ataque do adversário contra defesa do Remo . Acho a defesa do Remo muito boa. Não tem proteção dos cabeças de área. Dudu é fraquíssimo em tudo, tanto na marcação, na saida de bola, nas finalizações quando chega na frente. Felipe Recife vinha se firmando na marcação. Mas foi estranhamente dispensado e mantiveram Fernandes. Acho inevitável o 4-4-2, principalmente com a chegada do novo meia pois Everton não pode sair do time. O ataque do Remo não existe com Jaime , limitadissimo , Isac , sempre cansado e inoperante , e Elielton, imprevisível é instável em seus desempenhos.

  2. Boa matéria, resumiu o jogo. Acho que em casa o Remo enfrenta um adversário a mais: a pressão da torcida, esta joga sua ansiedade e frustração aos jogadores, que ficam ainda mais perdidos. Tenho medo que aconteça com o Gustavo, o.mesmo como Tiago Cametá, bom jogador, mas parte da torcida impaciente intimidou o menino, que foi seguir sua carreira em outros clubes. E assim,seguem-se vários exemplos. Estou dizendo que a culpa é da torcida ou ela não deve ir? Não, mas temos que saber torcer e apoiar, nunca vi vais ajudarem ninguém a levantar a cabeça, ao contrário, enterra mais. Se eu não me engano, os corintianos são “proibidos” de vaiarem o time, pelo.menos em casa. É claro que vaiar ou xingar, pode-se considerar um direito, mas visto as circunstâncias, não ajuda em absolutamente em nada.

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