Yan Oliveira, João Nasser Neto (Netão), Fábio Bentes, Luciano Mancha e Dirson Neto
Yan Oliveira, João Nasser Neto (Netão), Fábio Bentes, Luciano Mancha e Dirson Neto

A Segundinha do Estadual ainda não encerrou, mas com o acesso à elite conquistado por Tapajós e São Francisco, a composição do Parazão 2019 já está montada. Atual campeão, o Clube do Remo fará parte do Grupo A1, com a presença de Bragantino, Castanhal, Paragominas e São Francisco.

Como a disputa é feita de maneira cruzada, com equipes do Grupo A1 enfrentando as do Grupo A2, além das dificuldades comuns em termos de competitividade, o Leão, para defender o seu título, precisará percorrer, literalmente, muito chão para ser agraciado com o bicampeonato.

Apenas pela primeira fase, o Remo irá duas vezes a Santarém (distante 1.373 km da capital, com 22 horas via terrestre), na região do Baixo Amazonas (Oeste do Pará), para enfrentar São Raimundo e Tapajós.

A trajetória azulina ainda se estenderá para Tucuruí (445 km, 07 horas de estrada) e Marabá (696 km, 12h30 de viagem), municípios do Sudeste do Estado, onde irá enfrentar Independente e Águia, respectivamente. Na capital paraense, somente os duelos diante do rival Paysandu, independentemente de partidas como mandante ou visitante.

Em comparativo com o percurso em vias terrestres com o outro representante da capital e atual vice-campeão, o Leão irá viajar quase o dobro de distância: mais de 3.886 km (63h30), enquanto que o time bicolor vai percorrer pouco mais que 1.960 km.

Cientes das extremidades que abrangem o campeonato, os dirigentes procuram se precaver o quanto antes, tanto em termos de elenco como de logística. Como já havia sido destacada pelo diretor de futebol Dirson Medeiros Neto, a criação de um departamento exclusivo para atuar nessa área é necessária.

“Há um planejamento para tudo. A criação de uma Diretoria de Esporte, para cuidar de logística e outros assuntos com essa finalidade é uma via para que tenha o máximo de aproveitamento”, disse.

“Teremos o cuidado para que não venhamos a sofrer com isso, algo que, no final, possa prejudicar. Vamos nos organizar para que, em campo, os resultados aconteçam e de maneira certa”, completou.

Outro fator, aliás, que já foi corroborado pelo executivo Luciano Mancha é na composição do elenco, de forma majoritária, por jogadores jovens.

“Alguns atletas de 32, 33 anos, já não aguentam mais viagens longas, o ‘tranco’. Nesse ano, o Remo contou com muitos atletas nesse perfil. Vamos atrás de jogadores mais jovens, com 22, 23 anos, para que tenha uma recuperação adequada para momentos como esses”, explicou Mancha.

Diário do Pará, 20/11/2018