Eduardo Ramos
Eduardo Ramos

Terça-feira, 06/01. Esta é a data limite para a definição sobre a permanência ou não do meia Eduardo Ramos no Clube do Remo. No dia marcado, o pai e procurador do atleta, Carlos Martins, além do próprio meia, desembarcam em Belém para um encontro junto com o vice-presidente azulino, Henrique Custódio. Em pauta, redução salarial, pagamento de débitos e possíveis reajustes para o futuro, em caso de acesso.

Conforme foi dito pelo dirigente remista, o interesse no armador, que tem contrato com o Leão até dezembro deste ano, é claro, mas na nova estrutura montada para o futebol azulino alguns sacrifícios financeiros precisam ser feitos de ambas as partes.

“Vamos sentar e conversar sobre o futuro dele, que tem vontade de jogar no Remo, mas vamos também negociar uma redução salarial. Até aqui, o Eduardo está disposto a participar dessa reconstrução”, garante o vice-presidente.

Caso a proposta seja devidamente aceita, Eduardo Ramos seria, segundo as palavras do vice, uma “exceção à regra” sobre os salários. O ex-dono da “camisa 33” recebia cerca de R$ 50 mil mensais em 2014 e a redução poderia deixá-lo com cerca de R$ 10 mil a menos, fato bem aceito pela direção do clube.

“Além dele, tem outros atletas com salários altos que vão fugir a essa regra. Alguns atletas, tipo Max e Dadá, vão ter o salário maior do que nós estamos planejando. É impossível a pessoa aceitar uma redução drástica assim e nós temos essa consciência. Além disso, ele (Eduardo Ramos) já trabalhou com o Zé Teodoro. Estamos indicando e o técnico saberá como fazer bom uso do atleta”, aposta Custódio.

No outro polo de interesse na permanência do meia no Leão, Carlos Martins. É com ele que a diretoria remista negocia desde junho de 2013, quando o jogador estava no Paysandu e assinou um pré-contrato com o Remo. Simpático à ideia de ver o filho voltar a vestir azul-marinho mesmo com a redução salarial, o pai quer o cumprimento de antigos acordos como forma de garantia.

“Deve baixar de R$ 50 mil para R$ 40 mil, mas vamos negociar outras coisas, como um possível reajuste em caso de acesso e a quitação do restante das luvas referentes à contratação”, disse.

O restante no qual Martins se refere é de R$ 100 mil, de um total de R$ 450 mil pagos pelo ex-presidente Zeca Pirão. “Na terça-feira (06/01) à noite já teremos essa resposta. Todo mundo aqui é tranquilo, de boa, mas precisamos de uma garantia de que tudo dará certo para os dois lados”, continou.

Eduardo Ramos foi para o Joinville (SC) em junho do ano passado, mas como teve uma passagem apagada, está fora dos planos da diretoria catarinense. Portanto, o Remo é o mais provável destino.

“Eduardo tem uma obrigação com ele mesmo, de tirar o Remo desta situação e a vontade de voltar existe, até porque, mesmo que seja para sair e negociar com outros clubes, ele precisa resolver como Remo, que tem o passe dele até o fim do ano”, conclui o procurados do atleta.

Diário do Pará, 03/01/2015