Angelo Carrascosa
Angelo Carrascosa

Para demonstrar que está empenhada em atuar com o propósito de abater a dívida trabalhista do Clube do Remo, a comissão formada por alguns dirigentes tomou a iniciativa de apresentar ao Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT8), na manhã desta sexta-feira (23/10), uma nova proposta de financiamento do débito.

O acordo prevê o bloqueio integral de cotas de dois patrocinadores, além de descontos em todos os jogos que o time vai disputar em 2016. A estratégia também é usada para tentar impedir o leilão da área do Carrossel, anexa ao estádio Baenão, já que teve até uma proposta de compra aprovada.

Nas únicas 3 partidas válidas pelo Campeonato Brasileiro da Série D que o Leão atuou em Belém, a Justiça do Trabalho bloqueou cerca de R$ 1,5 milhão ao todo. Foram 40% nos jogos contra Vilhena (RO) e Palmas (TO), além de 30% na disputa diante do Operário (PR). No segundo confronto da semifinal, entre Remo e Botafogo (SP), no próximo dia 01/11, também haverá retenção de 30% da verba arrecadada, assim como nas partidas da próxima temporada.

“Vai ter mais um jogo e a cota bloqueada ainda pode chegar a valores bem significativos, caso o Remo avance à final. Fora isso, a proposta já foi aceita para haver bloqueio de 30% em todos os jogos do Campeonato Paraense, Copa do Brasil, Copa Verde e, agora com o acesso, todos da Série C também. Não há motivos para perda de patrimônio, com uma proposta dessa aceita pela Justiça“, alegou o advogado Ângelo Carrascosa.

Já o diretor Milton Campos lembrou que o Remo vive um novo momento, de recuperação estrutural. Segundo ele, o grupo responsável pelo pagamento dos débitos trabalhistas foi à 13ª Vara do Trabalho, na sede do TRT8, de forma espontânea, para protocolar um pedido de aumento do percentual de bloqueio de renda nos jogos da equipe. Além do montante arrecadado nas bilheterias, a Justiça também receberá duas cotas de patrocínio para repassar aos reclamantes.

“O Remo já oficiou à Justiça que os créditos do Banpará e da Funtelpa também devem ser bloqueados para 2016. Isso já rende aproximadamente R$ 1,5 milhão, fora essa perspectiva de rendas que o Fenômeno Azul tem demonstrado ao Brasil, que pode pagar a dívida do Remo. Vários credores estão procurando o clube para fazer acordos que vão ser satisfatórios. Então, o torcedor pode ficar tranquilo. O Remo não dá o Carrossel como perdido”, detalhou Campos.

Portal Arquibancada, 23/10/2015