Baenão
Baenão

O quase centenário estádio Evandro Almeida voltou à baila das conversas azulinas esse ano. O assunto durou do começo ao final da temporada. Com tratores derrubando parte das velhas cadeiras e arrancando o castigado gramado, havia entre os torcedores a expectativa que a casa do Clube do Remo se tornasse uma moderna arena.

Com vários atrasos nas obras, o Baenão, com novo gramado, só foi liberado para um jogo no Campeonato Paraense – a vitória por 4 a 0 sobre o Independente, que deu vaga ao time na final. O clube não voltou a mandar jogos lá no resto do ano e a obra parou.

O assunto “finalização das obras do Baenão” se tornou um dos temas centrais dos debates sobre a eleição do clube. Com a vitória de Minowa, os novos diretores do clube convidaram a imprensa para apresentar a situação atual do estádio e avaliar o que precisa ser feito. O resultado foi muito pior que o imaginado.

Do lado de fora, alguns dos vidros temperados apresentaram rachadura e precisaram ser trocados. Embaixo das arquibancadas, alguns pilares apresentam situação de desgaste – o que talvez impeça o clube de jogar com a capacidade total do estádio. Na área atrás do tapume, a sensação é a pior possível.

As ruínas do início das obras continuam lá intactas e sequer as fundações das novas cadeiras foram construídas. “Acabamos de receber o clube e estamos ainda avaliando, fazendo planilha de gastos, mas a expectativa é que os gastos com as novas cadeiras e camarotes sejam de pelo menos R$ 2 milhões”, avaliou o novo diretor do estádio, Coronel Alcebíades Maroja.

O novo dirigente afirma que o clube vem sondando e tentando costurar com parceiras a viabilidade de finalização da obra, mas adianta que um prazo realista para a entrega é apenas para o final de 2015. “Não é obra para 3 meses”, garantiu.

[one_half last=”no”]Sem olhar para trás

Sem recurso no caixa, Maroja afirma que o estado em que encontrou o complexo do Baenão foi tão urgente que ele preferiu não correr atrás dos responsáveis pelos problemas e sim partir para as soluções.

“Teremos apenas um mês para preparar o estádio e são muitas coisas para dar conta. Tenho certeza que as pessoas que fizeram as obras fizeram pensando em fazer o melhor pelo clube e, no momento, não me interessa tanto apontar culpados, mas sim unir forças para colocar a casa em ordem”, afirmou Maroja.

O mutirão já está se organizando. O próprio presidente Pedro Minowa doou uma geladeira e um fogão para o refeitório azulino. Os dirigentes estão avaliando entre si como podem colaborar para a renovação do inventário de equipamentos do estádio e mesmo os torcedores têm se organizado para ajudar nas obras.

“Entramos em contato com a Sesan para fazer a coleta de entulhos na área do Carrossel e estamos organizando um mutirão com torcedores para organizar a limpeza da área ainda essa semana”, afirmou Ronaldo “da Trovão”, presidente da torcida organizada Trovão Azul.[/one_half][one_half last=”yes”][colored_box color=”yellow”]Prioridades para o Baenão

Estádio

Recuperar o gramado, os vidros temperados e o sistema de iluminação para deixar o campo à disposição do clube para a disputa do Parazão.

Carrossel

Limpeza e organização da área para construir um estacionamento e começar a gerar lucros.

Planos para até o fim do mandato

Estádio

Finalização e venda das novas cadeiras e camarotes do estádio.

Carrossel

Construção de duas arenas de futebol society e de uma praça de alimentação, tornando o espaço rentável para o clube.[/colored_box][/one_half]

Diário do Pará, 17/12/2014