Jhonnatan
Jhonnatan

Se ainda estivesse em atividade, o Clube do Remo teria um compromisso em pleno domingo do Círio, 12/10, no jogo de ida das quartas de final do Campeonato Brasileiro da Série D. No entanto, a eliminação precoce deixou marcas irreparáveis, seja no futebol, seja na condução da gestão do clube. Uma semana após a desclassificação no certame nacional, a rotina melancólica tem sido baseada nas rescisões de contrato, desligamentos, empréstimos e corpo a corpo às vésperas das eleições presidenciais, marcada para o dia 08/11.

Do plantel formado para a Série D, sete atletas já deixaram o Baenão à base de empréstimos na condição da rescisão de contrato. O intuito era livrar o clube de ações trabalhistas no caso dos atletas com término de vínculo no próximo dia 30/11. Dessa leva, partiram Negretti, Rubran, Levy, Régis, Thiago Potiguar, Ilaílson e Leandro Cearense rumo ao interior do Estado.

Por outro lado, a situação que chama a atenção é a dos garotos da base, iniciada com a ida do volante Warian Santos, o “Ameixa”, para um período de testes na base do Grêmio (RS). Após 20 dias, o garoto foi aprovado e não volta para Belém. Na sequência – e em plena disputa da Copa do Brasil Sub-20 – foi a vez do zagueiro Tsunami fazer a sua surpresa, despedindo-se do clube através das redes sociais. Tsunami não deve retornar mais ao Leão e, quando procurado, pediu reservas por opção de sua família.

Por fim, com a possibilidade de perder até o volante Jhonnatan, titular absoluto em 2 anos como jogador profissional do Remo e reserva justo no comando do técnico Roberto Fernandes, o atleta diz ter recebido propostas e acenou deixar o clube caso não seja aproveitado da forma que julga merecer.

“Quando nós assumimos, fizemos um planejamento, mas infelizmente não podemos prever o futuro. Acho que o trabalho foi bem feito e através da base dele, nós teremos competência para livrar o Remo de uma vez por todas desse limbo do futebol brasileiro”, projeta o diretor de futebol Thiago Passos.

Diário do Pará, 13/10/2014