Thiago Passos e Zeca Pirão
Thiago Passos e Zeca Pirão

O Departamento de Futebol Profissional do Remo, carro chefe do clube, está desativado, após a eliminação diante do Brasiliense (DF), nas oitavas de final da Série D do futebol nacional. Em média, a folha salarial remista mensal atingiu a média de R$ 400 mil nos últimos 9 meses. Depois, a diretoria se esforçou para cortar gastos. Antes, entretanto, pagou caro.

Só durante a disputa do Campeonato Paraense, Copa Verde e Copa do Brasil, o elenco custou incrivelmente cerca de R$ 550 mil mensais, disparada a mais cara dos oito participantes do Parazão. O Leão obteve o título estadual, no entanto, foi eliminado prematuramente das outras duas competições. Já em meio ao segundo semestre, quando o Remo encarou apenas a Série D do Brasileirão, a folha caiu para aproximadamente R$ 300 mil.

O insucesso em campo levou a medidas drásticas. “O panorama do Remo não se modificou após os encerramentos das atividades. Uma vez que nós fomos desclassificados da Série D, reunimos o grupo e demos por encerrada a temporada 2014, promovendo a rescisão (contratual) de vários jogadores, inclusive, vários daqueles que foram emprestados para o Castanhal e outras equipes”, explicou o advogado Thiago Passos, que integra a atual gestão do futebol.

Como o Remo vive um período de eleição, com duas chapas pleiteando a administração do clube, Passos alega que o projeto está paralisado. “Nós temos, lógico, um planejamento nosso que foi deliberado internamente, mas é uma coisa que não podemos divulgar, muito menos executar, tendo em vista que estamos às vésperas de uma eleição”, comentou.

Em caso de vitória da chapa liderada por Zeca Pirão e Marco Antônio Pina, Thiago Passos diz que está à disposição para continuar exercendo as suas funções. “Sou um fiel escudeiro do presidente Zeca Pirão e estou à disposição do Remo, e principalmente, dele. É um cara que aprendi a gostar e admirar. Vou ter enorme prazer em ajudar o Remo”, frisou.

Amazônia, 29/10/2014