Fenômeno Azul no Baenão
Fenômeno Azul no Baenão

Por conta das punições impostas pelo STJD, o Remo não joga oficialmente em Belém desde o dia 08/06, data do segundo jogo da final do Campeonato Paraense. São mais de três meses de contatos esporádicos com a torcida, restringindo-se a amistosos, sendo que até os treinos são, em geral, fechados para o público. A situação gera um impacto inevitável nas finanças do clube.

O programa Nação Azul, que agrega os sócios-torcedores, está com a arrecadação abaixo do esperado. De acordo com dados de Mauro Matos, um dos administradores do programa, apenas 50% do total de torcedores inscritos no programa estão pagando em dia.

“Nossa arrecadação caiu. Acredito que, mensalmente, arrecadamos um valor próximo a R$ 90 mil”, disse. Em números, aproximadamente 1.700 sócios torcedores estão adimplentes e outros 1.700 estão inadimplentes.

Ainda de acordo com Matos, os números já haviam atingido a casa de 3 mil sócios em dia durante a disputa do Campeonato Paraense da temporada. A queda tem uma explicação simples: a falta de jogos oficiais do Remo, em Belém, desanima uma parcela significativa de torcedores.

“O número está baixo, mesmo com as vantagens do programa, que dá descontos até em supermercado”, lamentou Caio Araparica, gerente de marketing da Nação Azul.

Segundo Mauro Matos, já está ocorrendo uma campanha que apela para adimplência dos torcedores inscritos. “Estamos entrando em contato, via e-mail, com os sócios para chamar a atenção e já estamos tendo resultados”, garantiu. A meta do programa é a adesão de 5 mil torcedores.

A informação foi divulgada dias antes do último jogo azulino em Bragança, que será o quarto no município do nordeste paraense pela Série D. Não jogar em Belém foi uma medida do STJD que puniu o mau comportamento da torcida remista em jogos do Brasileirão de 2012.

O Liberal, 13/09/2014