Zé Antônio
Zé Antônio

Zé Antônio participou de todos os lances capitais dos últimos dois clássicos entre Remo a Paysandu, que decidiram a Taça Cidade de Belém. Na semana do quarto clássico do ano, o zagueiro procurou analisar os erros recentes para não repetir no domingo, mas não deixou de mentalizar os momentos de vibração, para manter a motivação em dia. Uma coisa está certa para Zé Antônio: vigiar de perto, além dos atacantes, o zagueiro Raul.

O relógio marcava 46 minutos do segundo tempo quando Zé Antônio empatou o jogo, fez o Remo sair da primeira partida da decisão ainda em vantagem e viveu seu momento de herói. Porém, uma semana depois, o escorregão no lance do primeiro gol do Paysandu e a distância para o zagueiro no gol que decretou o título bicolor o fizeram viver o outro lado da moeda. Conhecedor dos altos e baixos do clássico, ele diz ter tirado principalmente lições dos erros que cometeu.

“Em relação à chuteira, tem que ter (travas de alumínio). Em campo molhado fica difícil se equilibrar. Aquilo (escorregão) me deu uma missão: concentrar mais e ficar mais perto na marcação, para que os gols não aconteçam”, disse ele, para depois prometer fazer marcação especial no zagueiro Raul.

A perda do título foi um duro golpe para o Remo, que Zé Antônio sentiu e demonstrou ao chorar no gramado. Mas uma vitória no clássico de domingo não vai dar o título ao Leão. Por isso ele encara a partida como mais um degrau rumo ao objetivo. “Não vai ser uma resposta se a gente vencer. Vai ser reflexo do mérito, da nossa preparação. Vai mostrar que estamos focados no que queremos. O segundo turno é um objetivo para a gente chegar na final do campeonato”, argumentou.

Na artilharia do Remo, liderada por Fábio Paulista e Val Barreto com 7 gols, Leandro Cearense está empatado com o zagueiro Zé Antônio: ambos têm 4 gols. Zé marcou na vitória contra o Cametá seu terceiro gol de falta na competição. “Fico feliz de marcar meus gols, independente de disputar com o Leandro, que é atacante. Fazer um antes do Re-Pa me dá mais motivação”, disse.

O único gol marcado pelo zagueiro com bola rolando foi justamente contra o Paysandu, mas a força de suas faltas foi sentida pelo bicolor: o gol de empate no segundo jogo da final veio em um rebote da falta do zagueiro que o goleiro Zé Carlos não conseguiu defender.

A bem da verdade, sua escalação no jogo não está confirmada: o técnico Flávio Araújo já anunciou que vai utilizar o treino da manhã de hoje para definir o companheiro de zaga de Carlinhos Rech. Esses e outros motivos fazem Zé ser sincero na hora de falar sobre a preferência por esquema tático. “Particularmente prefiro três zagueiros. Até porque nem eu, nem Mauro, nem Carlinhos queremos ficar de fora. Mas é uma questão de treinamento. Se conseguirmos treinar bem, vamos nos adaptar ao 4-4-2 e as coisas vão fluir”, disse.

O Liberal, 15/03/2013