Flávio Araújo
Flávio Araújo

O pequeno altar de Nossa Senhora de Nazaré, entre a descida do gramado até os vestiários do Baenão, tem sido parada obrigatória do técnico Flávio Araújo desde que assumiu a missão de reerguer o futebol do Clube do Remo em 2013. Lá, ao final da cada treino, Flávio Araújo faz sempre uma pequena reza. Não ultrapassa os três minutos. É fé e futebol andando lado a lado. Parece ser de lá, que Flávio vem sendo “iluminado” em suas conversas com os jogadores nos intervalos das partidas.

“No intervalo, fazemos a leitura do jogo, do primeiro tempo, e passamos pra eles onde temos que melhorar. Graças a Deus estamos melhorando no segundo tempo”, conta o treinador. Nos dois jogos feitos até aqui pelo Leão no Campeonato Paraense, a avaliação foi praticamente a mesma: ruim na primeira etapa e bem melhor na segunda. O comandante azulino fez uma avaliação dos jogos contra Santa Cruz de Cuiarana e Tuna Luso. Confira!

O Clube do Remo já fez dois jogos nesse Parazão que trouxeram duas vitórias e liderança na tabela. Qual a avaliação que você faz do time até aqui?

Com relação à disposição, a determinação em busca do objetivo da vitória, de ser um time competitivo, querer ganhar, estamos bem. Por outro lado, a gente esperava, principalmente a partir do segundo jogo, um rendimento técnico melhor, mas infelizmente isso não aconteceu e isso, claro, preocupa. Estamos satisfeitos, porque estamos com 100% de aproveitamento, mas estamos preocupados também por uma melhor apresentação no aspecto técnico. Isso foi conversado com o grupo.

Nas suas avaliações, ao final da cada um dos jogos, você disse que não gostou do primeiro tempo, mas sim do segundo. Como fazer o Remo ser uma equipe que jogue bem os dois tempos?

Coincidentemente, no primeiro tempo contra Santa Cruz e contra a Tuna, a equipe jogou mal no aspecto técnico. O que nós temos que fazer para mudar isso: no aspecto emocional é conversar bastante com o grupo, fazer com que os jogadores tenham uma auto confiança bem maior. Na parte técnica, é só trabalhar e trabalhar. Vamos trabalhar todos esses dias, com treinos de mais aproximação para que a gente possa ficar mais com a posse de bola, porque com a bola você joga e o adversário não.

O que você tem falado para seus jogadores no intervalo para voltarem com outro ânimo?

No intervalo, fazemos a leitura do jogo, do primeiro tempo, e passamos para ele onde temos que melhorar. Graças a Deus estamos melhorando no segundo tempo, mas, veja bem, nós temos condições de melhorar porque conheço o potencial de cada um dos meus atletas e é isso que passo para eles. O grande desafio contra o Cametá é fazer dois bons tempos.

Diário do Pará, 20/01/2013