Jogadores fazem uma oração antes do treino no Baenão
Jogadores fazem uma oração antes do treino no Baenão

No centro do gramado, o técnico Flávio Araújo faz um pedido aos seus jogadores. “Agora, vamos todos dar as mão para orarmos”, dizia. Jogadores, sem hesitar, obedecem. A grande maioria que está ali, acredita veemente nas palavras que vem do céu. “O diferencial do nosso grupo se chama Deus”, diz o atacante Fábio Paulista, como muitos no plantel, evangélico, e autor de quatro gols no Campeonato Paraense até aqui.

A cena é comum no Baenão. Quem acompanha diariamente os treinos sabe disso e depois de uma apresentação classificada pelo treinador como “a pior do campeonato” não poderia ser diferente. Na reapresentação de ontem, Flávio Araújo recebeu os jogadores e deu a famosa “bronca”, mas logo recorreu as orações para acalmar os ânimos. Afinal, mais um jogo vem aí, na próxima quinta-feira, contra o Águia de Marabá.

“Sempre fazemos nossas orações em todas as semanas de jogos. Um dia antes, na concentração também, reunímos, falamos da palavra de Deus e louvamos”, conta Paulista. As orações vêm refletindo em resultados dentro de campo. Desde 2004, na campanha dos 100%, o Leão não ganhava cinco partidas seguidas no campeonato. Esse ano, foi por pouco que não chegou a sexta vitória consecutiva – na última segunda-feira, empatou com o São Francisco.

Os novos guerreiros azulinos estão sendo responsáveis por isso. Ou melhor, os guerreiros azulinos de Deus. “Quando a gente veio para cá, colocamos Deus à frente do nosso trabalho. Ele conduz a nossa equipe. Nosso plantel tem grande parte de evangélicos e isso faz nossa base ficar em Deus. Nosso trabalho é só lutar a batalhar dentro de campo, que os resultados serão feitos conforme a vontade dele”, acredita Paulista, fazendo, mais uma vez, fé e futebol se misturarem, após rezar no centro do gramado com o restante do elenco.

Diário do Pará, 06/02/2013