Remo 1x2 PSC (Carlinhos Rech)
Remo 1x2 PSC (Carlinhos Rech)

A vitória do Paysandu, por 2 a 1 em cima do Clube do Remo, veio coroar, sobretudo, a diferença tática entre as duas equipes, que até ali tiveram apenas duas oportunidades de se confrontarem. Depois de uma vitória azulina e um empate, chegara a forra tão sonhada, mas como o próprio técnico Lecheva disse, acompanhada de todo esforço possível e uma dose a mais de brilho.

Taticamente, o Remo era visto como a equipe mais difícil, baseada no defensivo 3-5-2, embora tivesse meios para investir na frente com um único elo de ligação, caso de Thiago Galhardo. Já o Paysandu optou por duas linhas de quatro jogadores e dois atacantes (4-4-2), dando mais liberdade ao meio-campo, desta vez forçado a distribuir mais pelas laterais.

Flávio Araújo quis o contrário, mas os comandados pareciam buscar o título na lei do menor esforço. Acabaram surpreendidos quando tentaram segurar a marcação pesada na cabeça de área, deixando um buraco no meio, que depois reapareceu na zaga. Como jogada de bola aérea muitas vezes independe de tática, o que já era ruim se tornou insustentável.

Lecheva fez uma leitura mais atual do jogo. No segundo tempo, sacrificou o competente Vanderson para a entrada de Heliton. Em seguida, encostou Yago Pikachu, até ali, deslocado, para acompanhar o terceiro atacante. Conseguiu exigir mais da defesa azulina, desta vez anulando Berg, perdido no meio da dupla. Com a defesa conturbada, o efeito cascata não tardou a atingir o meio-campo – sem banco à altura – o o ataque. Pior para Val Barreto, sem ninguém para acioná-lo.

“Nos apegamos muito ao empate. Não era para ficarmos o segundo tempo recuados, mas isso serve de lição. Todas as minhas orientações são de um time ofensivo, que pressiona a marcação no campo adversário. Hoje não conseguimos jogar assim no segundo tempo e, por isso, perdemos o título”, lamentou Flávio Araújo.

Diário do Pará, 04/03/2013

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