Henrique e Mauro
Henrique e Mauro

O que tirou o Remo das lamentações após a perda do primeiro turno foi o fato de a caminhada no segundo já começar na quinta-feira, contra o Santa Cruz. O time inicia hoje os treinamentos visando ao jogo, marcado para o Mangueirão. O elenco afirma já ter recobrado a empolgação depois de ter o esforço reconhecido pela torcida. Porém, a partida deve ser uma pedreira, avalia Henrique, que coloca o Parazão como um dos mais equilibrados Estaduais que já disputou.

Apesar de o elenco do Remo afirmar que a perda da Taça Cidade de Belém ficou no passado, só a vinda dos três primeiros pontos no segundo turno vai colocar o time em definitivo na nova disputa. Por isso a pressa para chegar a quinta-feira e um novo desafio. “Quando cheguei aqui, falei que vivia de desafio e a cada dia esses desafios se renovam. Agora temos mais um: vamos ter que buscar o título do segundo turno”, diz Carlinhos Rech, que valoriza a pressão, mas alerta que a perseguição ao título não pode se tornar uma obsessão. “Aumenta a responsabilidade, mas não podemos deixar pesar muito esse pensamento de ter que ser campeão. Não podemos ficar matutando isso porque, em excesso, acaba atrapalhando”, disse.

Para Henrique, a hora agora é de usar a experiência e malandragem em próprio favor para se dar bem em um campeonato difícil como o Paraense, que tem equipes muito niveladas entre si.

A dificuldade tende a aumentar no segundo turno, com os adversários se reforçando. O Santa Cruz, por exemplo, deve ter a estreia de um velho conhecido do zagueiro: o meia Fumagalli. “Enfrentei várias vezes o Fumagalli quando eu era do Náutico (PE) e ele do Sport (PE). Dispensa comentários. É a cabeça pensante, o camisa 10, que bate bem na bola e assume todas as cobranças de bola parada. No meu modo de ver, é como o Eduardo Ramos, do Paysandu. Só que em vez de ter força e arrancada como o Ramos, é mais cadenciado. Tem que ser marcado de perto. Se tiver desatenção, ele vai e decide o jogo”, disse Henrique.

O Liberal, 05/03/2013