Leandro Cearense
Leandro Cearense

Informado que seria julgado na quinta-feira pelo Tribunal de Justiça Desportiva – junto com o lateral Walber – pela agressão a Adriano, do Águia, o atacante remista Leandro Cearense não escondeu a preocupação em ficar de fora da finalíssima da Taça Cidade de Belém, marcada para este domingo. Disposto a ajudar, ele afirmou que irá comparecer ao julgamento e manifestou confiança na diretoria azulina, embora o advogado que o defenderá no caso ainda não tenha sido escolhido pelo clube.

“Sério?”, perguntou Leandro Cearense ao tomar conhecimento que teve julgamento marcado para a próxima quinta-feira. “Não sabia. Que notícia…”, disse, depois, sem esconder a preocupação, que definiu melhor em seguida. “Me abalou agora. Quando falastes, fiquei até arrepiado, bateu uma tristeza. Mas confio na diretoria para ver se adia esse julgamento. Eles (diretores) fazem por onde para sermos campeões, mas se não der certo, temos jogadores que podem corresponder”, completou o atacante.

A estratégia do jurídico azulino para a defesa do atacante ainda está sendo traçada. Segundo o vice-presidente do clube, Zeca Pirão, o advogado que o defenderá ainda não foi escolhido.

A reportagem consultou o advogado André Cavalcante, que já atuou em prol de jogadores de São Raimundo e Águia nos mais diversificados casos levados ao TJD. Ele vê duas vertentes que podem ser exploradas pelos colegas para garantir a presença do jogador em campo neste domingo. “Eles podem tentar desqualificar a agressão para ‘jogada hostil’ ou qualquer outro artigo em que a pena mínima seja de 1 partida; ou apostar em aceitar a denúncia no artigo de agressão, com pena acima de 2 jogos. A Lei Pelé rege que as penas de 2 jogos ou mais de suspensão tenham efeito suspensivo imediato. Assim, ele poderia ser liberado pelo efeito suspensivo”, explicou, acrescentando que há outros atenuantes, como ser réu primário.

Ainda temeroso pela possibilidade de perder o clássico, o jogador comentou as declarações do volante Vânderson, capitão do Paysandu, após a partida. Para Cearense, que é amigo e conterrâneo do bicolor – ambos nasceram em Castanhal – a polêmica com o colega deve ser evitada, mas concordou que a hora dos “homens” aparecerem é em grandes jogos, como o do próximo domingo.

Leandro Cearense e Vânderson costumam aproveitar as folgas para botar o papo em dia, já que ambos moram em Castanhal. Para manter o bom ambiente, Cearense preferiu ser cauteloso ao comentar as declarações de Vânderson, que disse que “domingo vamos ver quem é mais homem” e “ganhar ou empatar com o Paysandu para eles (remistas) é como ganhar Copa do Mundo”. “É, meu amigo, não vi ele falando e não gosto de entrar em polêmica. Quem tem boca fala o que quer, mas domingo realmente é o grande jogo, o momento para ver quem é homem. Os homens aparecem em grandes jogos”, disse.

Amazônia, 26/02/2013