Justiça
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O juiz Paulo Gomes Jussara Júnior, responsável pelo Plantão Judiciário da Capital neste final de semana, indeferiu uma liminar ajuizada por um grupo de 10 torcedores do Remo que pretendem paralisar o Campeonato Brasileiro da Série D. A interposição da ação aconteceu em virtude da insatisfação dos torcedores remistas diante da forma como o Genus (RO) foi incluído na competição nacional, impedindo que o clube paraense herdasse a vaga de Rondônia, abarta após as desistências de Vilhena (RO) e Pimentense (RO).

O advogado Thiago Passos, que representa o grupo de torcedores na ação, recorreu imediatamente da decisão junto ao Pleno do Plantão Judiciário e espera que o agravo de instrumento impetrado por ele seja apreciado ainda hoje pelos desembargadores. “Acreditamos que a decisão do juiz plantonista será reformada pelos desembargadores a tempo de levarmos a liminar até Paragominas, impedindo assim a realização da partida do PFC contra o Genus (marcada para as 19h30 de hoje, na Arena Verde)”, declarou Passos, que também é presidente da Associação de Torcedores do Remo (Assoremo).

Segundo ele, os torcedores tomaram a decisão de acionar a Justiça Comum motivados pela situação do Remo, que perdeu sua última chance de disputar a Série D e, consequentemente, terá que enfrentar um segundo semestre sem jogos oficiais. Por isso, o grupo decidiu dar entrada com uma ação contra a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na Comarca de Belém, alegando que a inscrição do Genus na Série D teria sido feita de forma ilegal, ferindo o Estatuto do Torcedor e o Regulamento Geral de Competições da entidade, além do Regulamento Específico da Série D.

Thiago Passos não quis entrar em detalhes sobre as bases jurídicas da ação. No entanto, revelou que a argumentação dos torcedores tem como principal alegação a quebra do prazo para desistências dos clubes com direito de participação na competição nacional. “A CBF cometeu claramente uma ilegalidade ao não respeitar o prazo estipulado por ela própria para que a Federação de Rondônia apresentasse seu representante, que é de 30 dias antes do início da competição”, explicou Passos.

“Além disso, temos documentos que comprovam que o Genus e os outros três finalistas do Campeonato Rondoniense (Vilhena, Pimentense e Ariquemes) já havia manifestado, há mais de um mês, o desinteresse na competição nacional. Documentos que posteriormente foram ignorados pela Federação local e pela CBF”, acrescentou o advogado e torcedor remista, esclarecendo em seguida que sua atuação no caso é meramente pessoal e, em nenhum momento, envolve a Assoremo ou o prório Clube do Remo.

Amazônia, 08/06/2013