Adriano
Adriano

O Remo segue tendo problemas na Justiça do Trabalho. Após o bloqueio, através da conta no Banpará, do patrocínio com o governo do Estado, em razão de um débito de mais de R$ 10 milhões com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o Leão recebeu três novas ações trabalhistas de jogadores que passaram pelo clube: o goleiro Diego Amaral (R$ 1,7 milhão), o atacante Marcelo Maciel (R$ 123 mil) e o goleiro Adriano (R$ 100 mil).

Entre as ações, além da de Diego Amaral, que deve passar por uma revisão de cálculo, com o valor sendo reduzido, outra que chama atenção é a do goleiro Adriano, de 37 anos. O jogador, atualmente no Águia de Marabá, teve passagens destacadas pelo Remo, onde atuou entre 2006 e 2010, ainda retornando em 2012. Querido por parte da torcida azulina, apelidado de “Paredão”, o arqueiro confessou que demorou a acionar a Justiça para conseguir os seus direitos.

“Se tivesse jogado o Remo anteriormente na Justiça, com certeza ganharia cinco vezes mais do que estou pedindo hoje. Fui querer dar uma de bom moço e acabei saindo de culpado no meio de tudo isso. Essa atual diretoria me enrolou, dizendo que iria pagar os valores atrasados e acontece que algumas dívidas acabaram prescrevendo. Estou atrás do que é meu, uma parte de passagens anteriores e do que me devem referente ao ano passado”, explicou.

Adriano disse ainda sentir carinho e admiração pela torcida do Remo que, de acordo com ele, sempre apoiou o seu trabalho. O atleta afirmou que, apesar da idade, um dia pode voltar a defender as cores do clube, desde que a atual diretoria deixe o comando do Leão. O goleiro, aliás, não esconde a mágoa com a administração de Sérgio Cabeça, presidente licenciado.

“Não gosto dessa diretoria. Hoje o Remo vive de mentira e só existe por causa dessa torcida apaixonada e vibrante que tem. Caso contrário, já estaria morto. Eles dizem que pagam as dívidas, mas não cumprem as promessas. Daqui a pouco essa diretoria sai e o clube vai ficar quebrado, endividado. Cansei de acertar valores e eles nunca me deram um centavo. Se o Remo passasse a ter eleições diretas, com pessoas que buscassem uma nova filosofia, e me dessem uma oportunidade, com certeza voltaria”, finalizou.

Globo Esporte.com, 02/07/2013