André Cavalcante
André Cavalcante

No olho do furacão, o advogado André Cavalcante, da Associação Atlética Santa Cruz na sua reclamação contra a Federação Paraense de Futebol, foi figura destacada nas voltas e reviravoltas da última sexta-feira, que culminaram com a suspensão da rodada.

Através de declarações oficiais às rádios e da sua conta na rede social Twitter, André aparentava certeza que não gaveria rodada neste final de semana e dava conta que o clube de Salinas tinha uma “carta na manga”.

Ao final do dia, comemorava o acontecido. “O STJD nos fez justiça”, disse Cavalcante. “Cumprimos nossos expedientes na esfera regional e isso nos abriu precedente para buscar uma esfera superior. Com maior independência e autonomia, apreciou o Supremo que havia legitimidade no nosso pedido”, avaliou o advogado.

André já havia comentado, quando do indeferimento pelo Tribunal de Justiça Desportiva do mandado de garantia do clube, que não esperava situação diferente na esfera regional.

“A verdade é que o TJD-PA não vai tomar decisões que contrariem profundamente a Federação, por ser totalmente dependente dela. Seu prédio é anexo ao da FPF, suas contas são pagas pela entidade. Lutar por uma maior autonomia do TJD deveria ser uma bandeira que os dirigentes de clube deveriam se unir para lutar de agora em diante”, afirma o advogado.

André confirma que não era vontade do clube causar transtornos e desconforto aos torcedores paraenses, mas que a ação movida pelo Tigre do Salgado vem para moralizar o futebol paraense. “É claro que ninguém ficou feliz com o cancelamento de um Re-Pa, mas se queremos moralizar o futebol paraense e recuperar seu prestígio, não podemos arredar o pé de exigir nossos direitos”, afirma André.

Para a FPF, falta de datas não é problema

O diretor técnico da FPF, Paulo Romano, afirma que, apesar de não saber ao certo quando as pendências judiciais serão resolvidas, datas extras para a realização dos jogos não devem ser problemas.

“Entre a final do Parazão e início da Série B temos uma data no dia 19/05, a qual podemos utilizar para realizar os jogos restantes. Fora isso, foi noticiado que no dia 12/05 não poderíamos utilizar o Mangueirão por conta do Grand Prix (de Atletismo), mas o próprio diretor do estádio, Saulo Aflalo, nos garantiu que eles já passaram pela experiência de realizar o evento pela manhã e organizar jogos à tarde no mesmo dia no estádio, então também é uma data que temos. Acredito que datas não serão problema”, comentou Romano.

Diário do Pará, 08/04/2013