Maurício Bororó
Maurício Bororó

Apesar de confiar até os últimos instantes de que a rodada da Federação Paraense de Futebol (FPF) aconteceria no último fim de semana, um pouco antes das 10h da manhã do sábado, o Clube do Remo viu que a realidade do Campeonato Paraense 2013 é muito mais embaixo. Às 09h30 da manhã, por meio do diretor de futebol Maurício Bororó, representante do Remo na FPF, o clube recebia o comunicado oficial sobre a paralisação do campeonato por tempo indeterminado.

Concentrados desde à tarde da última sexta-feira em um hotel localizado no bairro de São Brás, jogadores e comissão técnica não esconderam o descontentamento. “Receber a notícia de que não vai ter jogo é algo estranho. Já estávamos concentrados e querendo o jogo. Aí, aconteceu tudo isso”, comentou o meio-campista Thiago Galhardo. O Técnico Flávio Araújo e seus auxiliares improvisaram uma programação de imediato com um treinamento à tarde no Baenão, no mesmo dia. Contudo, logo após, os jogadores foram liberados.

Mesmo em meio à indecisão de quando as rodadas das semifinais irão acontecer, Flávio Araújo elaborou a programação semanal crente que os jogos aconteçam no próximo fim de semana. “O professor Flávio já montou a programação. O time treina normalmente esta semana esperando que no fim de semana já possamos jogar”, informou Bororó. O time já se reapresenta hoje pela manhã na Toca do Leão. “O Clube do Remo está pronto para jogar quando a Federação determinar”, avisa Bororó.

E quem arca com esse prejuízo?

A diretoria do Clube do Remo confia em uma solução o mais rápido possível pela FPF a respeito da paralização do Campeonato Paraense feita pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), na madrugada do último sábado. “Infelizmente, decisão de justiça superior desportiva não se discute, mas sim, se cumpre. Mas acreditamos que a Federação possa tomar a decisão certa lá no Rio de Janeiro e que o campeonato volte o mais rápido possível”, confia Maurício Bororó, referindo-se à viagem de Antônio Carlos Nunes de Lima, presidente da FPF, até a sede do STJD, para tratar de perto o assunto.

A confiança na Federação, no entanto, não é só por uma boa representatividade no STJD. Tendo hospedado o elenco azulino desde sexta-feira à tarde em um hotel no bairro de São Brás, a diretoria do Leão aguarda que, depois da resolução do imbrólio do campeonato, a mesma FPF possa procurar o clube para ressarcir, de alguma forma, pelo menos parte das despesas que o clube teve com hospedagem e alimentação dos atletas para a partida que seria no sábado à noite, contra o Paysandu, mas não ocorreu.

“A FPF ainda não conversou sobre como vão ficar essas despesas. Queremos, primeiramente, que ela resolva a questão do campeonato. Infelizmente, vamos arcar com os compromissos e, quem sabe lá na frente, podemos conversar. Em nenhum momento questionamos quem vai ressarcir. Lamentamos todo esse ocorrido”, expõe Bororó.

Diário do Pará, 08/04/2013