Henrique
Henrique

Dando sequência ao planejamento para a próxima temporada, o Remo apresentou na manhã de ontem seu sétimo reforço para o Campeonato Paraense de 2013. Trata-se do zagueiro Henrique, de 30 anos, que chega após defender o Salgueiro (PE) na Série B do Brasileiro de 2011. O jogador, que está há mais de um ano sem jogar uma partida oficial em função de uma punição do STJD por doping, assinou contrato com o time azulino até o final do Parazão.

Na segunda-feira, o Remo já havia apresentado seis dos 13 reforços contratados até o momento: os goleiros Dida e Fabiano, o lateral direito Walber, o lateral-esquerdo Tiaguinho e os atacantes Branco e Val Barreto. Os outros seis atletas anunciados devem desembarcar em Belém até a próxima segunda-feira. São eles: o lateral-esquerdo Berg, os zagueiros Carlinhos Rech e Zé Antônio, os volantes Nata e Tony e o meia Zé Paulo. Já o zagueiro Raphael Andrade, que jogou pelo Remo na Série D, e o atacante Rodrigo Tiuí, ex-Criciúma (SC), ainda não fecharam acordo.

Com discurso afinado, Henrique já sabe qual é o objetivo jogando com a camisa do Leão Azul. “Estou chegando para brigar por um lugar no time titular e para ajudar o Remo a sair da fila de títulos. O Remo é um clube grande e não merece estar em uma situação tão complicada como esta dos últimos anos”, disse o defensor, que participou do jogo conhecido como “Salgueiraço”, em 2010, quando o Salgueiro (PE) eliminou o Paysandu da Série C, em plena Curuzu.

Antes de acertar com o time remista, Henrique disse que recebeu somente sondagens de outros clubes, inclusive do exterior, mas que preferiu fechar com o Remo devido ao histórico do clube, à força de sua torcida e ao comando de Flávio Araújo. “Decide vir para o Remo, em primeiro lugar, pela tradição e história que o clube tem”, ressaltou o zagueiro. “Segundo foi o pedido do nosso treinador, o Flávio, que me indicou. Estou feliz e não pensei duas vezes. Tinha várias propostas para sair, até fora do país, mas preferi vir pra cá pela tradição, pelo Estado e pela torcida que o Remo tem”, revelou.

Além do discurso otimista, que muitas vezes é repetido pelos atletas recém-chegados em qualquer clube, Henrique mostrou ter realmente algum conhecimento sobre o Remo. Por já ter enfrentado várias vezes a equipe azulina, ele garante saber muito bem o que o aguarda nos gramados paraenses e, especialmente, nas arquibancadas. “Nunca joguei por uma equipe do Norte, mas já joguei contra, quando atuava pelo Náutico (PE), duas vezes no Mangueirão e uma aqui no próprio Baenão. Sei que a torcida empurra e só critica quando acaba o jogo e o time perde. Uma torcida apaixonada que, das vezes em que vim jogar contra, lotou o estádio, gritou e incentivou o tempo todo. Estou muito motivado para que essa torcida venha agora para o meu lado”, argumentou.

Sobre a punição sofrida no ano passado – causada pelo uso da substância Dimethylpentylamine, presente em descongestionantes nasais -, Henrique garantiu que o episódio está totalmente superado. “Tudo aconteceu quando o Salgueiro foi enfrentar o Vila Nova (GO), em Goiânia, pela Série B de 2011. Como o clima estava muito seco, eu usei um descongestionante nasal para desentupir o nariz e poder dormir tranquilo na véspera do jogo. Jamais imaginei que aquilo pudesse dar problema no exame antidoping”, explicou o defensor. “Mesmo assim, o meu advogado provou que tudo não passou de um erro da minha parte e eu fui absolvido em primeira instância. Infelizmente, o Pleno do STJD recorreu e fui punido com um ano de suspensão no segundo julgamento”, lembrou.

O Liberal, 05/12/2012