Branco
Branco

O ano novo ainda não começou, mas, aos 27 anos, o atacante Branco já tem traçada as suas metas para 2013: ser artilheiro do Clube do Remo, seu novo time no próximo ano. “Quando a gente tem um objetivo em mente, como eu tenho, alcançamos o que queremos, mesmo com todas as dificuldades”, diz ele, bem convicto.

Até o momento, Branco é o único jogador local contratado no novo time do Leão que está sendo formado para a próxima temporada. Por isso mesmo, ele sabe que terá que correr em dobro para conquistar um espaço na equipe do técnico Flávio Araújo.

Natural de Boa Vista (RO), Branco veste pela primeira vez a camisa azulina depois de anos sendo o carrasco do time do Baenão – já marcou 10 vezes contra o seu atual clube. Agora, ele confia justamente nessa sua fama de artilheiro nas equipes por onde passou, como São Raimundo e Águia de Marabá, para se dar bem no time que ele afirma sempre querer jogar e, de quebra, derrubar uma velha teoria do futebol paraense. Confira a entrevista.

Você chega ao Clube do Remo depois de uma rodagem por equipes do interior do Estado e de tradição menor a do Remo. O que muda agora?

Muda muito e a expectativa é sempre das melhores. O que fiz nos times do interior, São Raimundo e Águia, foi bom, acho que fui um jogador diferenciado nessa equipes e hoje estou no Clube do Remo. A gente sabe da responsabilidade de jogar em um time de massa, mas agora é ter tranquilidade, mesmo nessa situação ruim que o clube está. Tenho minhas metas e objetivos. Tudo isso vou conseguir com trabalho e dedicação.

Como você sabe, o clube não se encontra em situação adversa: sem série, tendo que vencer o Parazão para conquistar uma vaga na Série D para enfim, ter um calendário o resto do ano. Mesmo assim, você aceitou trocar o Águia, seu ex-clube, que tem três competições garantidas em 2013. Qual foi o diferencial para vestir a camisa azul-marinho?

O diferencial foi isso: o Clube do Remo. A camisa do Clube do Remo fez com que eu viesse. No Águia é bom de jogar, gosto de todas as pessoas de lá, o (presidente) Ferreirinha e o (técnico) João Galvão. Há bastante tempo tinha interesse de jogar no Remo, mas toda vez dava errado alguma coisa, nunca entrávamos em acordo salarial, essas coisas positivas para o jogador. Esse ano foi diferente. Eu fiz um excelente Campeonato Paraense. O Águia chegou em duas decisões de turno, consegui ser o artilheiro da competição e isso fez a gente melhorar nosso valor financeiro. Então, estou feliz por tá aqui . Agora é só começar os trabalhos.

Aqui no Pará existe sempre aquela diferença em jogadores que vem de times do interior para Remo e Paysandu: jogam bem lá, mas não em Belém. Como você encara essa teoria? Para você, ela existe mesmo?

Para mim não tem isso. Quando a gente tem objetivo em mente, como eu tenho, coisas que traçamos, a dedicação do atleta, acho que afasta isso. Eu creio que meu desempenho nessas equipes menores é que vai ser o meu diferencial no Clube do Remo. Tenho minhas metas e objetivos: quero ser o artilheiro do Campeonato pelo Clube do Remo. Eu estou bem confiante em estar aqui.

Diário do Pará, 08/12/2012