Leston Júnior
Leston Júnior

Em tempos de discussão no futebol brasileiro sobre estilos de jogo, feio × bonito, bom × ruim, e saindo um pouco do viés político que tomou o Remo desde o início de outubro, vale o debate acerca do perfil dos treinadores que passaram recentemente pelo Baenão e a expectativa pelo que virá.

Nos últimos 2 anos (2015-2016), tivemos Zé Teodoro, Cacaio, Leston Júnior, Marcelo Veiga e Waldemar Lemos ocupando o cargo de treinador. Três deles (Zé Teodoro, Cacaio e Marcelo Veiga) são ex-jogadores que fazem mais o estilo “boleiro” de gerir o grupo e montar estratégias para as partidas.

Os outros dois têm um perfil mais acadêmico, científico, enxergando o futebol como ciência. Procuram lançar mão de conceitos modernos em treino para obterem um grande rendimento nos jogos. Para isso, utilizam metodologias que englobam as mais variadas áreas, como fisiologia, medicina, preparação física, nutricional, etc., em busca da maior e melhor integração em torno do futebol praticado.

Há o debate entre torcedores sobre qual deveria ser o perfil do treinador para 2017. Para enriquecer tal debate, é necessário não limitarmos os argumentos a termos como “boleiro” e “estudioso”, mas sim conversarmos acerca de propostas de jogo, estratégias, metodologia e gestão de pessoas.

Até mesmo a nossa tão comentada imprensa, percebendo a mudança da mentalidade e do foco dos torcedores em geral, teria que se adaptar e começar a sair da eterna zona de conforto em programas esportivos, que só visam contexto e polêmicas e não adicionam nada de novo. A nova geração tem a oportunidade de fazer diferente e mudar para melhor nossas discussões.

É inegável o nível baixo do futebol brasileiro e ficar dando ênfase a uma cultura atrasada só proporciona uma inércia prejudicial a todos que militam neste meio ou que debatem sobre. Com o foco sendo outro, as perguntas acerca de possíveis problemas, modelos de jogo, escalações, entre outras coisas, instigarão uma visão sistêmica que só traz benefícios a quem a possui.

Portanto, é fundamental que busquemos averiguar como o nosso próximo treinador lidará com essas questões supracitadas. Dessa maneira, nossas discussões acerca do futebol serão esclarecedoras e enriquecedoras, juntamente com as críticas, que passarão a ser construtivas, melhorando o nível do nosso futebol, dos nossos debates e oferecendo ganhos ao Remo.

Texto enviado por: Caíque Silva » Twitter

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