Pedro Minowa e Henrique Custódio
Pedro Minowa e Henrique Custódio

De poucas palavras, Pedro Minowa via quase impassível os representantes de sua chapa mostrarem indignação com o andamento da eleição no Clube do Remo. Quando instado a falar da situação, o empresário de 75 anos praticamente limitou-se a mostrar indignação com a situação que se encontra a primeira eleição direta dos 109 anos de história do Clube do Remo.

“Estou revoltado, mas vamos lutar até o final para mostrar que Davi pode vencer Golias. Os donos do Remo têm que aceitar a derrota”, disse. “Não vou falar em gestão, por enquanto. Sou presidente de fato, mas não de direito. Foi uma injustiça enorme. O sócio votou em mim e estão acontecendo essas coisas”, completou Minowa.

Advogado da Chapa 2, Nelson Tupinambá deixou claro que haverá recurso, mas não pôde dar mais detalhes por causa da falta da ata da reunião da Comissão Eleitoral, que só deve ser divulgada hoje.

“Vamos analisar a questão, mas não podemos aceitar essa decisão. É um desrespeito a todos os associados que vieram votar, que têm que ter respeitada a opinião. Vamos nos reunir imediatamente. Não tivemos acesso à ata e precisamos dela urgentemente, da fundamentação da anulação. Com ela vamos decidir quais providências tomar. Não podemos adiantar nada, mas em nossa concepção o presidente está eleito desde sábado”, declarou.

Para Tupinambá, uma nova eleição pode ser contaminada pelo o que aconteceu com a primeira, iniciando já com ameaças de novas pendências jurídicas. “O processo eleitoral está prejudicado. Isso cria uma jurisprudência negativa ao clube”, concluiu.

Amazônia, 11/11/2014