Marco Antônio Pina, o
Marco Antônio Pina, o "Magnata"

Faltando 2 dias para a primeira eleição direta para a escolha de um presidente do Remo, as duas chapas definitivamente já se comportam como em qualquer pleito no Brasil. Ou seja, acabou o amor. Com animosidades de ambos os lados, a votação de sábado (08/11) promete ser das mais agitadas.

Curiosamente, tanto Zeca Pirão e Marcos Antônio Pina, da situação, quanto Pedro Minowa e Henrique Custódio, são membros da atual gestão. Além dos atuais presidente e vice, que querem manter a dobradinha, os outros dois ainda são dirigentes do clube. Em teoria, nem haveria oposição e sim visões díspares dentro da mesma tendência.

O último episódio que acirrou as animosidades foi a repercussão de um debate em uma rádio em Belém. Pirão, que é vereador, tem mais intimidade com discursos inflamados e se valeu disso, ao passo que Minowa tropeça nas palavras e nos argumentos. Embora, em suma, ambos prometam basicamente as mesmas coisas. O candidato da oposição se disse magoado, em especial com o atual vice, Marco Antônio Pina, o qual disse considerar seu amigo.

Ontem, em seu perfil no Twitter, Marco Antônio Pina, conhecido como “Magnata”, afirmou manter a amizade com o concorrente e pediu uma união entre as chapas em prol do clube. “Não tem outra solução”, afirmou o atual vice. Nas publicações, ele deixou sua avaliação quanto à oposição, dizendo que Minowa “está sendo mal influenciado”. “A melhor coisa, hoje, para o Clube do Remo, é uma união urgente”, completou.

O atual presidente afirmou lamentar a situação. Ele deu a entender que, apesar de todo o trabalho em prol de modernizar o Estatuto do clube, uma eleição pode não ser tão útil nesse momento. “É uma eleição que não gostaria que acontecesse. O Remo precisa de união e já disse isso ao Minowa. Acho que temos que nos unir porque o clube precisa de todos, mas as vaidades das pessoas do outro lado são maiores”, disse.

“Tenho um respeito enorme pelo Minowa, até porque é um senhor de idade, mas ele não está engajado ainda no Remo. O Remo precisa de alguém que esteja no clube todos os dias”, completou Pirão.

O médico Henrique Custódio, candidato a vice da oposição, preferiu minimizar as animosidades afirmando que se trata mais uma ansiedade pela proximidade da votação. “Esse momento hostil é uma novidade para o clube, talvez criado pela primeira disputa em uma eleição direta. Acredito que isso servirá de lição para o que vier depois dentro do clube”, declarou.

Amazônia, 06/11/2014