Sérgio Cabeça
Sérgio Cabeça

O presidente do Remo, Sérgio Cabeça, acrescentou mais um prejuízo à lista do que a paralização do Parazão causou: o não pagamento dos salários atrasados dos funcionários do clube. Segundo Cabeça, após pagar dois meses, de cinco atrasados, com a renda do jogo contra o Flamengo (RJ), na Copa do Brasil, a diretoria contava com o Re-Pa para pagar o restante.

O prejuízo também foi visto com a concentração paga à toa para o elenco, que ficou hospedado em um hotel antes do clássico que aconteceria sábado, mas acabou cancelado.

As parcelas pagas pelo Remo para a Justiça do Trabalho chegam a R$ 140 mil por mês. Some-se a este montante o que é pago na esfera cível, que gira em torno de R$ 25 mil a R$ 30 mil mensais. Com isso, o valor de patrocínios – aproximadamente R$ 170 mil – praticamente se esgota.

A renda para pagar os funcionários acaba condicionada à arrecadação dos jogos. Mesmo tendo embolsado quase R$ 700 mil no jogo da Copa do Brasil, só dois meses puderam ser quitados. “Apelamos para que o Fenômeno Azul compareça ao próximo Re-Pa, que não sabemos ainda quando será disputado. É a nossa chance de arrecadar”, disse.

O presidente prometeu ainda quitar hoje o salário do elenco profissional e ressaltou que sua diretoria não vem medindo esforços para que, em campo, tudo corra bem, mais uma vez condicionando ao bom rendimento do futebol profissional a saúde financeira do clube. “A comissão técnica tem todos os seus pedidos atendidos e sempre fazemos tudo para dar as melhores condições. Esperamos a resposta agora”, disse.

Cabeça falou ainda sobre um espaço que pode ser uma alternativa para emergências financeiras: a área do Carrossel, anexa ao estádio Baenão. “A área pode estar ociosa agora, mas não está mais sendo objeto de leilão”, garantiu o dirigente, enaltecendo o fato de que a gestão do Departamento Jurídico conseguiu evitar a perda do valioso patrimônio. Cabeça disse esperar parcerias e patrocínios para otimizar o Carrossel e torná-lo uma vantagem para o Leão.

Sobre o ginásio Serra Freire, que já teve verba municipal para ser reformado, o presidente disse ter passado ao Departamento de Marketing a incumbência de buscar soluções sobre reformas. “O investimento é pesado e precisamos de parceiros para construir”, concluiu.

O Liberal, 08/04/2013