Ronaldo Passarinho
Ronaldo Passarinho

A juíza Silvana Matos, da 13ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT-8), decretou o bloqueio de 100% da renda destinada ao Clube do Remo no clássico do próximo domingo (24/02), contra o Paysandu. O valor arrecadado no Re-Pa vai ser dividido entre os dois clubes pela metade, mas a quantia pertencente aos remistas será depositada diretamente na conta da Justiça do Trabalho, porque a diretoria não renovou o acordo feito para quitar a dívida trabalhista.

Segundo Ronaldo Passarinho, ex-vice-presidente jurídico do clube, mas que ainda atua em prol das causas do Leão na Justiça, houve uma reunião, hoje pela manhã, de aproximadamente duas horas, entre a diretoria azulina e a juíza. “Ela decretou o bloqueio de 100% da parte da renda que cabe ao Remo. Não sou mais nada do Remo, quero deixar bem claro, mas quando o clube precisa, vou lá ajudar”, justifica.

Ainda de acordo com Passarinho, hoje à noite a direção remista vai reunir para tentar reverter a decisão. “Vamos discutir isso com o presidente para apresentar alternativas, porque na nossa avaliação o Remo está em dias com a Justiça”, explica.

A dívida do Remo gira em torno de R$ 5,5 milhões. Para abater o débito trabalhista, desde o início de 2011 que a direção do clube paga R$ 100 mil por mês, resultado de um negócio acertado entre as partes. Segundo Ronaldo Passarinho, o Remo não renovou tal acordo, que expirou no último dia 15/02.

“O Remo não foi chamado e não apresentou proposta. Vamos ver como isso vai ser composto. Essa é a primeira vez que isso acontece desde o final de 2010, quando assumi. Agora que saí, os bloqueios voltaram a ameaçar a diretoria”, ressalta.

Diário Online, 21/02/2013