Ronaldo Passarinho
Ronaldo Passarinho

A transição do final de 2012 para 2013 marcou a saída de cena de um dos dirigentes mais influentes e ativos nas hostes azulinas nos últimos anos. Ronaldo Passarinho Pinto de Souza, 73 anos de idade, cerca de 50 deles envolvido com cargos diretivos no Clube do Remo, contribuições que lhe deram o título de grande benemérito azulino. “Dentro do Remo já fui diretor de futebol, diretor jurídico, diretor de esportes amadores, vice-presidente. Só não fui presidente, porque efetivamente não quis”, afirmou à época de sua despedida fazendo um balanço de sua passagem pelo clube.

Advogado aposentado pelo Tribunal de Contas dos Municípios, ele pôde aproveitar seus anos de experiência e prestígio na direção do Departamento Jurídico azulino, último cargo que exerceu no clube, durante o primeiro mandato de Sérgio Cabeça. Com um trabalho baseado em três metas – restaurar a credibilidade do clube, congelar o valor das dívidas em ações recebidas e futuras e negociar processos transitados em julgado, o Jurídico conseguiu grande êxito, garantindo a redução do total de dívidas trabalhistas à metade.

Apesar da saída de cena, Passarinho deixou frutos no clube de sua passagem. Os irmãos advogados Thiago e Pablo Coimbra, que lhe acompanharam no departamento jurídico ao longo destes dois anos dão continuidade ao trabalho iniciado com Passarinho. Os efeitos das atividades jurídicas desenvolvidas também permitiram que o clube hoje disponha de uma condição de gerenciamento melhor. “Acabamos com o rateio das cotas de patrocínio no clube e as constantes ameaças de leilão de patrimônio deixaram de ser realidade há dois anos. Quem assumir o Remo hoje pegará o clube em situação muito melhor do que quando nós assumimos”, avaliou Passarinho.

O grande benemérito afirma que o afastamento só diz respeito aos cargos de direção do clube. “Não vou deixar de ser remista! Enquanto eu puder utilizar o prestígio que me resta para colaborar, de alguma forma indireta, com o clube do Remo, eu o farei”, afirmou.

Diário do Pará, 27/01/2013