Carrossel
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Os advogados Carlos Kayath e Henrique Lobato representam os credores de quase 80% do débito trabalhista do Remo no TRT. Kayath, que defende a maior das causas (R$ 1,4 milhões antes da recente aplicação dos juros), de Thiago Belém, disse que esse “é o último acordo”. É que outras negociações foram feitas em vão. Mas também fez questão de dizer que conhece bem o presidente Zeca Pirão e mais ainda o diretor Maurício Bororó, que confia em ambos e por isso acredita que finalmente o caso será encerrado.

O novo acordo prevê a checagem de todos os débitos judicializados do Leão Azul, até o final de agosto, para o Grupo Extrafarma dar a palavra final, assumindo (ou não) os pagamentos como antecipação de aluguéis da área do Carrossel, onde pretende construir um mini-shopping. Seria um contrato de comodato por 20 anos da área de 5 mil metros quadrados na esquina da Avenida Almirante Barroso com a Travessa Antônio Baena, área nobre de Belém, que há duas décadas não dá lucro algum ao Remo e que ainda pode ser perdida em leilão se essa operação comercial não for fechada. Vejamos se a farmácia tem a cura para essa crônica mazela remista na Justiça do Trabalho.

As negociações do Remo com credores e com a Justiça do Trabalho vêm sendo coordenadas pelo grande benemérito Ronaldo Passarinho, representante jurídico do clube. Sentindo-se desprestigiado na gestão de Sérgio Cabeça, Ronaldo se afastou da vice-presidência jurídica. Zeca Pirão, por sua vez, determinou que nenhum contrato no Remo seja assinado ou rescindido sem passar pela avaliação do jurídico, o que reanima não só Ronaldo como os demais advogados do clube.

Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 10/07/2013