Parque do Bacurau, em Cametá
Parque do Bacurau, em Cametá

Não teve jeito. O Remo vai mesmo jogar em Cametá em pleno carnaval cametaense, um dos mais badalados do Pará. Nesta quarta-feira (22/02), a cúpula de futebol azulino (Marco Antônio Pina, Sérgio Dias, além do técnico Josué Teixeira) participou de uma reunião com a diretoria da Federação Paraense de Futebol (FPF), com Adélcio Torres (presidente), Cristino Mendes (diretor jurídico), Paulo Romano (diretor de competições) e o coronel Cláudio Santos (diretor de segurança), para tratar do possível adiamento do jogo com o Cametá, que está marcado para sexta-feira (24/02), às 16h, no estádio Parque do Bacurau.

Mesmo diante dos argumentos dos remistas, que apresentaram reportagem sobre as chuvas torrenciais, além do relatório do analista Raul Fernando, que foi a Cametá e observou o estado crítico do gramado e das dependências do estádio, a Federação não se arredou pé, tampouco ofereceu esperança de transferir o jogo.

Assim, o confronto entre Cametá e Remo está confirmado, conforme determina a tabela do campeonato. “A Policia Militar garantiu a segurança e o jogo vai acontecer”, comentou o coronel Santos.

Para o diretor azulino, Sérgio Dias, não é má-vontade do Remo querer jogar em Cametá. “O Remo não quer jogar em pleno carnaval. É um jogo de risco, devido à festa carnavalesca. Porque não transferir para o dia 02/03? Queríamos jogar depois do carnaval, mas a Federação quer assim. Então, vamos jogar sob protesto”, disse Sérgio Dias.

O dirigente ainda alertou que funcionários do estádio Parque do Bacurau estão tirando água com baldes, raspando a areia do campo.

“Está feio por lá, inclusive, os jogadores do Cametá que moram no estádio, reclamam das goteiras e enchentes. O carnaval toma conta da cidade e a dona do hotel onde o Remo vai ficar queria colocar 4 jogadores por quarto para ter mais espaço para alugar. Aonde se viu isso?”, reclamou.

“O Remo é time grande e merece respeito! Algo precisa se feito para mudar esse quadro horrendo no futebol paraense. Todo ano é a mesma situação e nada é feito para resolver o problema”, disse.

O Liberal, 23/02/2017