Josué Teixeira orienta os jogadores antes de iniciar o treino
Josué Teixeira orienta os jogadores antes de iniciar o treino

O elenco azulino para disputa da Série C está beirando 40 jogadores, o mesmo número do ano passado. Inchado, o Leão faz a conta dos jogadores que terão seus contratos se encerrando para posterior liberação dos mesmos. Tem jogador com vínculo até o final do mês, outros até junho. Estes devem deixar o Baenão conforme a lista preparada pelo técnico Josué Teixeira, com aval da diretoria de futebol.

De acordo com Marco Antônio Pina, responsável direto pelo futebol do Leão, o Remo está cuidando de cada caso para não melindrar o jogador que estará de saída. Um dos primeiros a deixar o Baenão foi o atacante Val Barreto, que ao findar o Parazão teve seu contrato encerrado, não sendo mais renovado.

Quando o Remo perdeu o Estadual, bastaram 2 dias para que fosse anunciado o primeiro pacote azulino com 6 jogadores: Renan Silva, Elizeu, Zé Antônio, Marquinhos, Val Barreto e Caio Ribeiro. Desses, apenas Renan Siva e Elizeu continuam em Belém, tratando das suas lesões.

Todos eles foram titulares, mas não corresponderam aos anseios da torcida. Marquinhos foi titular em quase todos jogos no Campeonato Paraense, Copa Verde e Copa do Brasil, mas em nenhum jogo se destacou. Val Barreto, antigo xodó da galera, com passado brilhante, sobretudo pelos gols marcados, encerrou também o seu ciclo no Baenão.

A varredura no elenco abriu espaço para para novas contratações. De uma tacada, chegaram 10 reforços. Josué sacou do time a maioria que jogou no Parazão, deixando somente na equipe o zagueiro e capitão Henrique, o atacante Edgar e o polivalente Tsunami, que já jogou no time do Josué como zagueiro, volante e lateral.

O novo Leão ainda não encaixou. A atuação contra o Fortaleza (CE), na vitória por 1 a 0, deixou claro os defeitos do time. Levando em consideração de se tratar do primeiro jogo e o time teve só uma semana de trabalho tático, é normal que a equipe não tenha agradado à torcida. Neste sábado (20/05), o Remo jogou diante do ASA (AL), fora de casa, e essa partida gerou expectativa na torcida sobre a possibilidade de uma boa apresentação.

Os azulinos, mesmo trabalhando de forma equilibrada, contudo estão agora com uma folha de pagamento superior a R$ 350 mil. No Parazão, a folha não chegava aos R$ 200 mil. Em 2016, na gestão de André Cavalcante, o Remo tinha uma despesa de quase R$ 600 mil e pagava altos salários para jogadores que nem eram relacionados, entre eles: o atacante Luiz Carlos “Imperador”, o volante Alisson e os laterais João Victor e Fabiano.

A maioria não recebeu seus vencimentos e está na Justiça do Trabalho contra o Leão. O técnico Waldemar Lemos esteve em Belém há 15 dias para receber salários. Como não houve o acerto, Lemos entrou na Justiça do Trabalho.

O Remo tentou a todo custo a contratação do atacante Reinaldo Alagoano, do Campinense (PB), mas o clube paraibano barrou a pretenção remista. O atleta teria, inclusive, aceitado salário de R$ 20 mil e mais R$ 3 mil de ajuda de custo. Como não conseguiu trazer o reforço pretendido, o diretor Marco Antônio Pina foi para cima do “endiabrado” Pimentinha, atacante do Sampaio Correa (MA), ex-parceiro de Edgar no ataque do clube maranhense.

Afastado do time, Pimentinha espera se desvincular do seu clube para viajar para Belém e se apresentar ao Leão de Antônio Baena. A diretoria do Remo desmentiu o interesse no jogador no começo da semana, mas na última quarta-feira (17/05), Marco Antônio Pina viajou para São Luiz (MA) para fechar a negociação. O técnico Josué Teixeira mudou o discurso quando teve a certeza da vinda do atacante, de 29 anos.

“Se trata de um jogador que vai ser útil para o time”, disse, comentando que o Remo está se reforçando dentro do seu orçamento previsto para a Série C.

Josué tem grande preocupação com a situação financeira do clube. “Querer trazer muitos jogadores e depois como vão pagá-los? O Remo ainda deve para jogadores do elenco passado. Temos que ir com calma”, destacou.

O Liberal, 21/05/2017